A verdade sobre o Nano Fat Graft, método que usa gordura para o rejuvenescimento

Firmeza, redução de rugas e melhora na qualidade da pele. Essas são as promessas do Nano Fat Graft, procedimento que utiliza a gordura do próprio paciente para promover o rejuvenescimento facial. “Pequenas quantidades de gordura são removidas do corpo do paciente e injetadas na derme de outras áreas. A palavra ‘nano’ faz referência ao tamanho das partículas, porque a técnica transforma a gordura em fragmentos muito pequenos capazes de estimular o colágeno da pele”, diz a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Depois que celebridades como Deborah Secco revelaram ter se submetido a esse procedimento, ele acabou ganhando popularidade e – consequentemente – espaço nas redes sociais. Mas nem tudo o que vem sendo dito, é real. Por isso, para esclarecer o assunto, listamos os principais mitos e verdades que envolvem o Nano Fat. Confira:
A gordura retirada é injetada diretamente: Mito
“Após ser retirada com a utilização de cânulas finas de áreas do corpo como abdômen ou flancos, a gordura é centrifugada para separar a gordura de outros fluídos. Então, a gordura purificada é injetada nos locais desejados”, detalha a Dra. Beatriz.
Procedimento é capaz de oferecer resultados naturais: Verdade
De acordo com o dermatologista Renato Soriani, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), essa, talvez, seja a característica fundamental do Nano Fat, que confere resultados elegantes e sem exageros. “No tamanho nano, essas partículas não promovem volume ou preenchimento, pois são muito pequenas. Mas, por serem ricas em células-tronco e fatores de crescimento, promovem uma potente regeneração do tecido, com um efeito poderoso, mas extremamente natural”, afirma o expert.
Resultados variam de pessoa para a pessoa: Verdade
Assim como qualquer procedimento estético ou tratamento médico, os resultados podem variar muito caso a caso, dependendo da resposta individual de cada paciente. “Por isso, é fundamental procurar um profissional que tenha experiência com a técnica para que o procedimento seja individualizado de acordo com as características e necessidades de cada paciente, assim otimizando os resultados”, ressalta o Dr. Renato.
O procedimento promove apenas volume: Mito
“Além de servir como alternativa aos procedimentos de preenchimento com ácido hialurônico, a gordura, por possuir uma grande quantidade de células-tronco e fatores de crescimento, melhora a qualidade da pele em qualquer região da face, por estimular colágeno e promover a hidratação”, destaca a Dra. Beatriz Lassance.
Trata-se de uma técnica experimental: Mito!
Segundo o Dr. Renato Soriani, a técnica é utilizada há quase um século na Medicina, com várias pesquisas disponíveis sobre o nano fat e sobre o uso de gordura na cirurgia plástica. Então, trata-se de um tratamento consolidado, com eficácia muito bem documentada. “De lá para cá, experimentamos apenas evoluções nas técnicas de aplicação e, principalmente, nos métodos de processamento dessa gordura. Nesse sentido, uma grande inovação é a técnica Lipoglow realizada com um pequeno dispositivo (Lipocube) em formato de cubo que processa a gordura por meio de lâminas geométricas combinadas a um sistema de fluxo que permite a filtragem do material fibroso para obtenção de partículas com uma quantidade muito maior de células-tronco e fatores de crescimento em comparação a outros métodos de processamento de gordura, o que melhora a capacidade regenerativa do tratamento e, consequentemente, o resultado”, destaca o especialista.
O Nano Fat Graft é a única técnica que faz a aplicação da gordura para rejuvenescer o rosto: Mito!
A gordura pode ser processada em diferentes tamanhos dependendo da necessidade. “O maior tamanho das moléculas de gordura, chamado de mili fat, é ideal para combater a reabsorção óssea, repor os compartimentos profundos de gordura e devolver estruturação ao rosto. Já o tamanho intermediário, micro fat, é utilizado para preencher sulcos abaixo dos olhos, por exemplo, e o bigode chinês. Por sua vez, as menores partículas de gordura, nano fat, são usadas de maneira mais superficial na derme para conferir firmeza, reduzir rugas e melhorar a qualidade e o aspecto da pele”, destaca o dermatologista, que acrescenta que os diferentes tamanhos podem ser associados em um mesmo procedimento para proporcionar um rejuvenescimento global da face, tratando todos os fatores envolvidos no processo de envelhecimento do rosto, desde a reabsorção óssea e dos compartimentos de gordura até a perda da qualidade da pele.
A técnica é segura: Verdade!
O uso da gordura para rejuvenescimento facial é extremamente seguro. “Além da gordura ser retirada do próprio paciente, isentando qualquer risco de rejeição, a alta concentração de células regenerativas proporciona uma rápida revascularização da gordura na área injetada, o que reduz complicações”, diz o dermatologista.
É preciso, necessariamente, passar por uma lipoaspiração: Mito!
Graças à evolução das técnicas, hoje o paciente consegue utilizar a própria gordura para rejuvenescimento sem precisar se submeter a uma lipoaspiração. “O Lipoglow, por exemplo, permite que a gordura seja coletada no próprio consultório, sob efeito de anestesia local, por meio de uma cânula especial que exige manipulação mínima”, diz o Dr. Renato Soriani, que acrescenta que o procedimento não requer a extração de uma quantidade substancial de gordura. “Isso torna o método minimamente invasivo e permite que mesmo pessoas com pouca quantidade de gordura localizada disfrutem dos benefícios do tratamento sem a necessidade de se submeter à lipoaspiração”, finaliza.
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FOTO: Adobe Stock