gw-30anosgw-30anosgw-30anosgw-30anos
  • Vida e Estilo
  • Beleza
  • Gastronomia
  • Turismo
  • Gente e Cultura
  • Mobilidade
  • Business
  • Go Recomenda
  • Receitas
    • Carnes
    • Doces e Sobremesas
    • Drinks
    • Massas
    • Pães
    • Peixes e Frutos do Mar
    • Petiscos
    • Sanduíches
    • Veggies
  • Colunas
    • Comunicação Estratégica
    • GoWhere Visita
    • Moda High-low
    • O Mapa das Tendências
    • Turistando SP
✕

Flexform completa 60 anos com gestão voltada para pessoas e foco no futuro

Trabalhar com alegria, excelência no que faz, espírito de dono e gestão sem atalhos. Esses são os pilares da cultura da Flexform, empresa com seis décadas, que vem redefinindo o conceito de conforto e design na fabricação de cadeiras de escritório. A Flexform construiu um legado baseado em números impressionantes: 98% de aprovação no Great Place to Work (GPTW) por três anos consecutivos, crescimento de dois dígitos nos últimos cinco anos e a meta de alcançar R$ 1 bilhão em faturamento. “Todo mundo está empenhado nisso”, afirma Pascoal Iannoni, CEO da empresa fundada por seu pai, em 1965. Hoje, ele comanda uma operação presente em 7 países da América Latina.

Seis décadas de transformações 

A história da Flexform é marcada por mudanças estratégicas que definiram seu crescimento. Fundada como uma metalúrgica especializada em componentes, a empresa viveu sua primeira grande transformação nos anos 90, quando Pascoal tomou uma decisão que mudaria para sempre o DNA da companhia. “A empresa foi fundada pelo meu pai, eu tinha 5 anos na época. Até pouco tempo atrás, o nome era Flexform Indústria Metalúrgica”, relembra o CEO. “A Flexform não vendia a cadeira pronta, era só os componentes. E talvez uma das maiores contribuições que eu trouxe para essa empresa foi iniciar a produção do produto final”. Quando Pascoal decidiu apostar na produção de cadeiras prontas, seus antigos clientes viraram concorrentes. A transição representou um risco calculado, mas necessário, segundo o CEO. “Era um caminho sem volta. Quando eu fazia componente, vendia só para as fábricas de cadeiras, eles eram meus clientes. Quando comecei a fazer as cadeiras prontas, eles viraram todos meus concorrentes, de imediato”. O movimento estratégico transformou completamente o posicionamento da empresa. “Com isso, aumentou muito o valor agregado, além de expandir o nosso universo consumidor. Quando vendíamos apenas os componentes para as fábricas, a gente não tinha uma construção de marca ou visibilidade. Quando a gente vende cadeira, a cadeira se chama Flexform. Então passamos a ter um conceito de marca”, explica Pascoal Iannoni. 

O nascimento de uma liderança

A confirmação de que a estratégia foi vencedora veio em 2014, com um evento que reorganizou todo o mercado brasileiro de mobiliário corporativo. “Nesta época, a love brand do Brasil era a Giroflex”, lembra Pascoal. A empresa dominava o mercado com um bom relacionamento com arquitetos, enquanto a Flexform conquistava mais e mais espaço. O cenário mudou em 6 de junho de 2014, quando a Giroflex encerrou suas operações. A falência da concorrente abriu as portas para que a Flexform conquistasse clientes, fornecedores e uma rede de representantes nacional, dando corpo à estrutura que já estava sendo montada. “A elite do Brasil era da Giroflex. De um dia para o outro, eles não tinham mais fábrica para representar, então também buscaram essa aproximação comigo. Com isso, todos se aproximaram e fomos nos adaptando, construindo um grande relacionamento de lealdade comercial e amizade”, conta Pascoal.

FOTO: Daniel Cancini

A revolução digital

A liderança da Flexform se consolidou ainda mais na pandemia. O e-commerce da empresa explodiu durante o lockdown. “Tivemos mais de 4 mil por cento de crescimento no período de um ano”, revela Pascoal. Durante esta fase, a Flexform criou um comitê de crise com reuniões diárias para discutir ações estratégicas. Utilizando o conceito de cenários, o CEO admite que se surpreendeu com a magnitude do acerto – o e- -commerce permitiu o aproveitamento pleno da oportunidade que surgiu na pandemia. A preparação veio de uma análise estratégica feita anos antes com o diretor de estratégias digitais Ennrico Iannoni, seu filho, que permitiu uma grande melhora na capilaridade da cobertura comercial da empresa, complementando a rede. O e-commerce foi a entrada da Flexform na era das redes sociais. “A gente foi se adaptando. Mas muito rápido. De novo, tem essa característica que é do meu time. Nós fomos extremamente criativos.” Foi nesse período que a Flexform investiu massivamente em marketing digital e reestruturação do marketing interno, bem como novas estratégias para os canais e reformulação da Central de Atendimento ao Consumidor (CAC). Com esse olhar, a marca atraiu novos públicos, como a Geração Z. “A gente deixou também a marca mais jovial, divertida, para atrair esse novo público. Tivemos um amadurecimento digital.” Desde então, a marca vem apostando em colaborações que vão além do universo corporativo tradicional, como a parceria com o DJ Alok, a presença de influenciadores digitais – como Paola Antonini, Fausto Carvalho e Thaline Chicoski –, personalidades como José Loreto e uma grande aproximação com o universo gamer, com o streamer Nobru e o time de e-sports Fluxo.

O fator humano

Em 2010, com uma nova composição societária, a empresa entrou em um novo ciclo de crescimento, com foco em inovação e na valorização de seus funcionários, sempre com o apoio do sócio e irmão de Pascoal, Marco Iannoni. “A partir disso, dei um foco muito especial às pessoas. Eu queria ter uma excelência no ambiente de trabalho, com gente criativa, interessante”, explica o CEO. Essa visão combina gestão transformacional e colaborativa. Apesar de não fazer parte da operação da Flexform, Marco foi seu maior aliado e apoiador nas tomadas de decisão. Ambos mantiveram uma relação firme ao longo dos anos, que os ajudou a superarem os desafios em suas respectivas arenas. O resultado principal e estratégico dessa filosofia se materializa em turnover zero, imensa facilidade na aquisição de talentos, time enxuto, altamente alinhado, ágil, que responde rapidamente a mudanças de estratégia, redução de custos de manutenção de máquinas e outros ativos da empresa, organização capaz de gerar soluções mais criativas e eficazes para os problemas, melhorias nas relações com fornecedores e clientes, como resultado do boca a boca positivo dentro da própria empresa. 

Além da quinta posição entre as melhores empresas para se trabalhar no Brasil e segunda posição no segmento Indústria pelo GPTW, avaliação 99% no Glassdoor, certificado Ouro ESG e Impacto Positivo ESG. “Tudo isso gerou fortalezas e oportunidades estratégicas para nós. Sem os resultados, não teríamos conquistado nada disso. A estratégia tem que ser vencedora primeiro, e os prêmios vêm depois. Eles não são troféus de participação de uma empresa que sacrifica a vitória apenas para dizer que oferece mais benefícios. Eles são a cereja do bolo. Nós vencemos, e ainda vencemos com sobra de mérito”, orgulha-se o CEO. Citados no início desta reportagem, os quatro pilares culturais, criados pelo próprio Pascoal, não são meros slogans corporativos. “Escrevi o código de ética e as linhas de cultura há 15, 20 anos, quando isso não era moda”, relembra. O lema “Trabalhar com Alegria” é visto como motor para produtividade e felicidade plena dos funcionários. Já o pilar “Excelência no que Faz” traz a ideia de que a qualidade deve ir além do produto em si. “Tudo o que a gente faz, a gente quer fazer bem feito. Excelência é um hábito que deve ser construído. Eles foram habituados a serem rigorosos e exigentes”, define o CEO. Para Pascoal, a ideia do “Espírito de Dono” gera um pertencimento genuíno. “Os funcionários sabem que é bom cuidar da empresa. Porque por mais que eu seja o dono, são eles que também estão aqui todos os dias. Eles têm um sentimento de pertencimento”, explica. A “Gestão sem Atalhos” é particularmente rigorosa. “Se alguém fizer uma mentirinha aqui, outra ali, está fora da estrutura da empresa. É o máximo rigor ético e moral em tudo que a gente faz aqui. Nem aquela mentirinha comercial, por exemplo, é permitida”, estabelece o CEO. Para Vanessa Aquino, gerente de Recursos Humanos, o diferencial da empresa está no propósito. “Trabalhar por trabalhar, todo mundo faz. Mas aqui a gente trabalha com propósito. O nosso diferencial é o salário emocional. É o senso de pertencimento, o engajamento que a gente tem”, explica.

FOTO: Daniel Cancini

Responsabilidade social como propósito

A cultura se materializa em ações concretas. A empresa oferece mais de 30 programas internos e 85 benefícios aos funcionários, incluindo convênio pet, médico e odontológico, seguro de vida, atendimento psicológico presencial gratuito e Total Pass para academias. A Universidade Corporativa tem mais de 300 cursos gamificados, e a empresa investe R$ 400 mil anuais em treinamentos técnicos e comportamentais. Programas como o FlexTradição homenageiam colaboradores a cada 5 anos de casa, com gratificações de até R$ 10 mil. O Carrinho da Alegria, que surgiu durante a Black Friday, circula semanalmente com guloseimas. “A gente passa todos os dias com o carrinho nos corredores da fábrica em época de Black Friday. Levando energético, refrigerantes, sucos, água de coco, doces e guloseimas. Ajuda muito a dar aquele gás”, descreve o CEO sobre a origem da iniciativa. 

A filosofia da “Gestão sem Atalhos” se estende ao compromisso social da empresa. Com selo ouro pelas práticas ESG do Pacto Global da ONU, a Flexform mantém mais de 20 parcerias com ONGs e já doou mais de 1.700 cadeiras para diversas instituições filantrópicas. Programas como o Lacre Amigo transformam materiais recicláveis em cadeiras de rodas para doação, enquanto o projeto As Maras utiliza retalhos de produção para confeccionar bolsas, gerando oportunidades para mulheres de baixa renda.

Inovação e excelência como tradição

A busca pela excelência permeia todos os aspectos da operação. A empresa oferece até 10 anos de garantia em seus produtos, respaldada pelo Laboratório Galileo, o primeiro do país no segmento acreditado pelo Inmetro. Fundado nos anos 1990 e ampliado em 2013, realiza ensaios técnicos de acordo com normas rigorosas e participa de grupos de estudo da ABNT, garantindo que cada peça tenha inovação e durabilidade. Além disso, a Flexform mantém há 15 anos uma parceria sólida com os estúdios italianos Baldanzi & Novelli, referência em design de mobiliário. “A gente vem numa tradição de qualidade, de excelência, e isso é percebido pelo mercado”, afirma o CEO. Essa reputação também se sustenta pelo uso de maquinário de ponta e pela expertise técnica, com engenheiros reconhecidos como referência no país. A empresa coleciona prêmios nacionais e internacionais de design, como o Good Design Award, o Prêmio Lusófonos da Criatividade, Red Dot Award, Design Award 2024 e Brasil Design Award.

FOTO: Daniel Cancini

De olho no futuro

Os resultados financeiros refletem o sucesso da estratégia. “Nos últimos cinco anos, crescemos acima de dois dígitos todos os anos. É um crescimento forte para uma indústria desse tamanho”, orgulha-se Pascoal. A operação atual chega a quase dobrar durante eventos como Black Friday. E ainda há muito espaço para crescer e história para ser contada. Em setembro, mês de aniversário da Flexform, duas inaugurações importantes estão previstas: uma nova unidade fabril dedicada a móveis residenciais em Guarulhos e um showroom na Faria Lima. “Estamos abrindo uma unidade fabril só do residencial. Uma empresa nova, um galpão zero, muito bem estruturado. Está relativamente próximo da fábrica principal para termos os intercâmbios de técnicos durante o dia”, explica Iannoni. A nova unidade focará especialmente no e-commerce de móveis residenciais. O showroom na Faria Lima significa mais que expansão física. “É um endereço icônico, que representa o sucesso”, justifica o CEO.

Coragem, trabalho e ética

Com décadas de experiência empresarial, Pascoal tem uma filosofia direta e sem romantizações como conselho para empreendedores. “O Brasil não é para amadores. Se for começar um negócio, tem que ter coragem para assumir riscos. E trabalhar muito duro no início. Depois que a coisa está andando, é fundamental gerenciar processos e liderar as pessoas fortemente. A sorte ajuda bastante. Mas é uma luta diária”. A trajetória da Flexform exemplifica essa filosofia na prática. Quando começou a produzir cadeiras, Pascoal enfrentou o ceticismo do mercado dominado pela Giroflex. “Eles falavam que a Giroflex era Coca-Cola. E eu era Pepsi. Mas hoje, a ‘Coca-Cola’ fechou e nós estamos aqui, crescendo e conquistando o mercado”. Para o futuro, além da meta bilionária, a empresa mira posições ainda mais altas nos rankings de melhores lugares para se trabalhar. “Queremos sair de quinto para terceiro neste ano”, estabelece. E a receita vem funcionando. Enquanto diversas empresas lutam para manter-se relevantes em mercados maduros, a Flexform encontrou a fórmula para reinventar-se constantemente: coragem para assumir riscos, trabalho duro, gestão ética e, acima de tudo, pessoas no centro. “A única graça de jogar é sempre tentar ser bom”, finaliza Pascoal. 

FOTO: Daniel Cancini

____________      
POR Jennifer Detlinger
FOTOS Daniel Cancini

Compartilhar
GoWhere

É proibida a reprodução total ou parcial deste website, em qualquer meio de comunicação, sem prévia autorização.

Sobre a GoWhere

  • Institucional
  • Assine a GoWhere
  • Anuncie
  • Download App
  • Revistas Customizadas
  • Siga a GoWhere

Assine

  • GoWhere Lifestyle
  • GoWhere Gastronomia
  • GoWhere Business

Onde estamos?

Alameda dos Jurupis, 1005
1º andar - Moema - São Paulo
CEP: 04088-003
Tel.: (11) 97094-1911

Todos os direitos reservados. Produzido por StoryBrand.