Um giro pelo Instituto de Artes de Detroit, quinto maior museu dos Estados Unidos
A capital mundial do automóvel surpreende com o Instituto de Artes de Detroit, o quinto maior museu dos Estados Unidos, com um acervo espetacular: 65 mil obras!
Por: Luciano Garcia
Fora do circuito-padrão de cidades turísticas americanas, o DIA, como é mais conhecido o Detroit Institute of Arts abriga coleções preciosas. O Instituto é um dos símbolos do que restou da Era de Ouro de Detroit. Lá é possível ver de perto obras de mestres como Van Gogh, Rembrandt, Monet, Matisse e Degas, além de diversos outros artistas renomados. Uma das grandes vantagens para quem gosta de arte é que o Instituto não costuma estar lotado de visitantes como os grandes museus ao redor do mundo.
Inaugurado em 1885, o DIA foi agregando ao longo das décadas coleções familiares dos grandes barões do automóvel. Eles desejavam que Detroit tivesse uma instituição cultural à altura da cidade em expansão. Mantido até hoje por fundos de investimento, doações e colaborações particulares, o DIA investe anualmente mais de três milhões de dólares em aquisições.
O prédio do museu é enorme, com mais de cem galerias. Logo na entrada, os portentosos painéis de Diego Rivera contam um pouco da história da Motor City. O artista mexicano esteve em Detroit durante a Grande Depressão e sua obra é um tributo aos operários das fábricas de automóveis. Os murais refletem os benefícios do processo industrial, mas também alertam para o potencial destrutivo de seus efeitos colaterais. Sem dúvida, uma crítica às realidades sóciopolíticas das grandes corporações daquele tempo.
Rivera pintou o mural ao longo de sete meses, painel por painel, em pé sobre um andaime, até terminar o trabalho em 1933.
Obras artísticas da Europa, África, Oceania, Ásia e Oriente Médio compõem um mosaico plural em suas inúmeras galerias, com gravuras, pinturas, esculturas, fotografias, mobiliário e arte decorativa.
Criado em 2000, a Galeria General Motors de Arte Afro-Americana representa um dos mais notáveis acervos com obras da segunda metade do século XX. A coleção é especialmente forte nas artes gráficas. A coleção da família Rubell, de Miami, tem sido uma das mais visitadas no DIA nos últimos anos.
Quem for a Detroit não pode perder a oportunidade de apreciar o poder e a paixão pela dança de um dos grandes mestres do Impressionismo, Edgar Degas. Em sua vida, Degas era conhecido como “o pintor das bailarinas”, com mais de metade de suas obras dedicadas ao ballet.
O Detroit Institute of Arts de hoje é um lugar para a celebração do prazer estético, da contemplação tranquila e da descoberta individual- um patrimônio cultural da cidade que recebe visitantes de todo o planeta.
Detroit Institute of Arts
5200 Woodward Avenue Detroit, Michigan
www.dia.org