O Reino eletrônico de Paola de Orleans e Bragança
Uma legítima princesa brasileira – tataraneta da Princesa Isabel – está em alta! É DJ festejada, desenvolve jóias, trabalha como modelo e conta como é a vida de uma nobre no século 21. Por Haroldo Pereira Jr., Fotos Thais Antunes
Agradecimentos ao Hotel
Me formei no ano passado em design de produto. Gosto da joalheria porque ela fala uma linguagem de moda. E é um produto que tem que ser atemporal. Nas minhas criações, misturo o clássico com o contemporâneo. Um item do tipo clássico que eu adoro são comendas. Quero me aperfeiçoar em desenvolver variações. Outra coisa que me fascina é a técnica de filigrana, linda e delicada. Numa coleção para a Vivara, usei como referência as joias reais. O legal é que estou montando um ateliê com amigos de várias linguagens. Será um coletivo reunindo quem faz moda, acessórios, joias e até algo ligado à arte.
E a história de ser DJ como começou?
Sempre fui fã de dance music. Ouvia Massive Attack e Daft Punk. Não perdia as melhores festas no Rio, mesmo morando em Petrópolis. Tudo começou com um amigo em Porto Alegre, que queria de qualquer jeito que eu fosse numa festa dele. Falei que iria, mas só se me colocasse uma hora na cabine. Ele topou e foi bem legal. Na época, namorava um DJ que foi me ensinando como fazer a coisa. Criar a A3 foi também fazendo festinhas.
Como define seu set?
Gosto de house, eletro, uns toques de black music. Mas sempre misturo com umas coisas disco, principalmente dos produtores que eram mais ousados, como Giorgio Moroder e Gino Soccio.
Então gosta de funk e baile funk?
Gosto e muito! É um ritmo sensual. A música do baile funk tem uma batida bem particular e explosiva, sim. Existe o lado chulo das letras, mas é pura diversão. Se pensarmos nesse lado banal, nossa!, está na televisão, nos noticiários, em todo lugar, não só no baile funk.
Você também faz participações solo. Qual o critério?
Geralmente são aparições para eventos de moda. Tenho viajado muito sozinha para tocar.
Você cresceu em Petrópolis. Como define a cidade da família real?
Ah, Petrópolis! Digo que é um pequeno paraíso.
E a história de ser DJ como começou?
Sempre fui fã de dance music. Ouvia Massive Attack e Daft Punk. Não perdia as melhores festas no Rio, mesmo morando em Petrópolis. Tudo começou com um amigo em Porto Alegre, que queria de qualquer jeito que eu fosse numa festa dele. Falei que iria, mas só se me colocasse uma hora na cabine. Ele topou e foi bem legal. Na época, namorava um DJ que foi me ensinando como fazer a coisa. Criar a A3 foi também fazendo festinhas.Como define seu set?
Gosto de house, eletro, uns toques de black music. Mas sempre misturo com umas coisas disco, principalmente dos produtores que eram mais ousados, como Giorgio Moroder e Gino Soccio.Então gosta de funk e baile funk?
Gosto e muito! É um ritmo sensual. A música do baile funk tem uma batida bem particular e explosiva, sim. Existe o lado chulo das letras, mas é pura diversão. Se pensarmos nesse lado banal, nossa!, está na televisão, nos noticiários, em todo lugar, não só no baile funk.
Você também faz participações solo. Qual o critério?
Geralmente são aparições para eventos de moda. Tenho viajado muito sozinha para tocar.
Você cresceu em Petrópolis. Como define a cidade da família real?
Ah, Petrópolis! Digo que é um pequeno paraíso.
E dá tempo de fazer vida social, ir às festas para se divertir?
Não como antes. Também porque vejo de outra forma. Quer ver, toquei na festa do champanhe Chandon. Finalizei minha participação lá pelas 2h30. A festa estava ótima. Estava na hora de me divertir, mas você está lá de salto, já pulando e ao mesmo tempo compenetrada em fazer a pista bombar. Então, se saio hoje tem de ter muito amigo junto – e nada de trabalho.
É seu pequeno reino?
Não chega a isso. Apesar de ser a cidade que marca a nobreza brasileira, não existe essa coisa do tipo mundo Disney, “oh, lá vem a princesa!”. As pessoas te conhecem, mas te tratam normal. Claro que os mais antigos admiram essa cena e os historiadores. Mas saímos à rua e somos tratados como gente comum, mesmo que chamem por nossos nomes. Minha família vai ao mercado, anda pelas ruas. Tem um lado engraçado: quando os colégios fazem gincanas, sempre tem a tarefa de levar alguém da família real. Então, quando acontece alguma, sabemos que alguém logo vai bater na porta.
Quais princesas você admira?
Acho que Grace Kelly era o máximo e ainda fascina! Caroline de Mônaco também marcou estilo e depois veio a Lady Di. Difícil ter igual: seu vestido de noiva foi o mais copiado da história! Agora, tem princesas de atitude forte, como a alemã Gloria von Thurn und Taxis, com aquela mecha no cabelo.
Se veste com protocolo de princesa?
Acho que sim, até por uma questão de criação que eu e minha irmã tivemos. Barriga de fora nunca. E nem transparência, pois é do gênero “insinuação da insinuação”. Não pega bem. Como modelo, eu sempre fico com cuidado na hora de vestir os looks que vou mostrar. Mas nada que impeça uma minissaia, pois uma princesa hoje pode usar, sabendo usar. Eu sempre tenho uma base clássica para meus looks, além do que o clássico se pensarmos nunca é obvio, ainda mais como eu faço, jogando alguma informação nova, de tendência mesmo.
Que estilistas e grifes gosta?
Adoro Gloria Coelho. Uma das pessoas mais mais modernas que existem no fashion brasileiro. Ela tem uma curiosidade muito grande. Esteticamente tudo dela eu adoro, pois tem essa coisa de princesinha, mas ao mesmo tempo muito moderno e forte. Dos internacionais, Comme des Garçons e Balenciaga.
Como considera seu comportamento de nobre?
No meu caso e da minha família, a gente hoje pensa no que é o bom para a sociedade. Não sou de fazer agenda social de princesa, por mais que eu tenha parentes e festas em outros países. Aliás, minha família sempre foi do campo. Não existe a obrigação de bancar o nobre. A não ser que você tenha um papel político, como a rainha Elizabeth, o rei Juan Carlos ou mesmo a rainha Silvia da Suécia. A vida da minha família, por exemplo, sempre foi muito mais de fazenda do que estar nos salões. E também sempre trabalhamos e pagamos impostos.Mas quais são seus caprichos de princesa?
Ah, acho o máximo ser paparicada em camarim, para um desfile ou sessão de fotos, como toda modelo é. Admiro também a oportunidade que sempre tive de viajar e até acompanhar meu avô, ganhar a chave de uma cidade. Você participar dessa cultura, desses valores vale mais que dançar a valsa num grande baile.
Para onde você viaja muito?
Espanha e Polônia, onde moram meus avôs. Dali sempre procuro dar umas voltas. Acredita que pela primeira vez fui para Portugal agora em janeiro?Que línguas você fala?
Português, inglês e espanhol. Francês eu mais entendo que falo e comecei a estudar polonês por causa da minha avó paterna.Você está prometida para alguém?
Não, não vou ter de casar com um príncipe ou um conde. Acredito que a educação que me foi dada será para um homem especial. Vou casar, sim, com o amor da minha vida. E que para mim vai ser um príncipe.
Vamos falar da sua vida prática?É ordeira em casa?
Tenho momentos de bagunça e de organização extrema. Então nesse momento coloco a casa em ordem. Além do que, adoro ficar em casa.
Gosta de cozinhar?
Sim, mas não de ficar pesquisando. Faço o básico mas faço bem. Exemplos do meu gaspacho e meu filet au poivre. Incríveis!
O que acha do Brasil?
Tenho vontade de morar fora. Nunca morei e sempre tive a chance e parentes do meu lado. Mas acho aqui um país sem igual! Tem beleza natural de norte a sul com contrastes maravilhosos. A língua, os sabores, os cheiros, é tudo maravilhoso! É um país hoje muito pronto, muito redondinho.
Você é tataraneta da Princesa Isabel. Que nome da família real te fascina?
A princesa foi a bisavó da minha mãe, mas tenho um carinho muito grande por Dom Pedro II, pois levou a vida estudando para ser o governante. Ele então privou a própria vida para isso e foi uma pessoa extremamente curiosa, que olhava para o futuro, que pesquisava tecnologias. Adorava fotografia, botânica, astronomia e logo se interessou quando foi inventado o telefone. E principalmente um entusiasta da Educação. Foi um grande cara!