Mr. Bentley: Toninho Abdalla fala sobre luxo e trabalho
Antonio João Abdalla Filho é rico de berço, egresso de família de empreendedores libaneses que aqui fizeram muitos bons negócios. E, ao longo da vida, foi confirmando o status de milionário pilotando não só os empreendimentos dos Abdalla, como os seus próprios – além de um dos donos da maior plantação de laranjas do mundo, tem negócios de mineração em vários estados e, no segmento luxo, seu habitat natural, hoje representa a lendária marca inglesa de automóveis Bentley e a Petrossian, célebre grife francesa de caviar. Ainda trabalha muito e, graças a isso, tem seus mimos de estimação, como um jato Global Express de 50 milhões de dólares e uma invejável coleção de arte. Mas, embora workaholic assumido e juramentado, o termo playboy ainda é colado constantemente a seu nome. O “playboy” Toninho Abdalla não se incomoda – e lembra que, na juventude, foi mesmo da “pá virada”. Hoje, casado com a estilista Cris Barros, perto de fazer 60 anos, ainda é um playboy no amor à vida e aos prazeres saudáveis do dia a dia – mas um playboy com conteúdo
Por Celso Arnaldo Araujo
Fotos Wellington Nemeth
É duro chegar aos 60?
O importante é a cabeça. Se estiver boa, você faz 60 ou 80 anos e não muda. É só tomar os cuidados normais, em termos de alimentação e atividade física, e deixar o resto com a cabeça. A gente precisa saber envelhecer.
Nossos pais, com 60 anos, eram velhinhos…
O meu morreu com 63. Outro dia vi uma foto dele com 60, eu com 30. Era um senhor. Talvez o envelhecimento precoce de nossos pais tivesse a ver com postura, sedentarismo. Os conceitos de vida mudaram. Eu levanto às 6 e meia da manhã e faço uma hora de esteira. Três vezes por semana, mais uma hora de ginástica.
Fuma?
Parei agora. Estou com um patch aqui. Nunca fui um daqueles fumantes inveterados. Se estivesse em um lugar onde não podia fumar, eu ficava uma semana, 10 dias sem pôr um cigarro na boca. Nunca fumei na frente da minha mãe, do meu pai, dos filhos. Agora parei de uma vez. Eu já tinha parado dois anos, depois voltei.
Já disseram que a coisa mais fácil do mundo é parar de fumar – as pessoas param de fumar várias vezes…
É, mas agora é pra valer.
Nascido em berço de ouro, você foi um cara que sempre trabalhou muito – mas sempre o citam atrelado à palavra playboy. O que você acha disso?
Isso nunca me incomodou. Sempre trabalhei muito, desde os 16 anos, e sempre gostei de usufruir a vida. Aliás, ter trabalhado desde tão cedo é que me permitiu dar minhas saídas. Meu pai era radicalmente contra minhas noitadas, mas não conseguia me segurar, porque, mesmo chegando às 5 da manhã, às 6 e meia eu estava na fábrica. Depois. Tirava uma soneca das 6 às 8 da noite.
A noite te fascinava?
Fascina ainda. Gozado: sou uma pessoa que gosta da luz do dia, a luz me faz muito bem. Mas o pessoal da noite é muito interessante, há tipos fantásticos na noite.
Leia a matéria completa na Go’Where n° 92