A rainha dos remakes
Cláudia Raia volta aos palcos paulistanos para incorporar na cantora e dançarina Sally Bowles, personagem principal de Cabaret, lendário musical da Broadway em sua segunda montagem no Brasil
Fotos Paschoal Rodriguez
Por Leonardo Millen
Estilo Fabricio Miranda
Coordenação Sidney Osiro
Make Henrique Mello (First)
Hair Rômulo (First)
“Roque Santeiro está fazendo um puta sucesso no canal Viva. Daria um belo
remake. E eu adoraria fazer a Porcina… É a minha cara. Taí lançada a ideia..”
Em seu extenso currículo na TV e no teatro, Cláudia Raia tem uma “especialidade”. Como é bailarina de formação, desde cedo protagonizou musicais. Foi a estrela de A Chorus Line, Não Fuja da Raia, A Pequena
Loja dos Horrores, Sweet Charity, O Beijo da Mulher-Aranha, entre outros.
Mas faltava realizar um dos seus maiores sonhos: interpretar a cantora e dançarina Sally Bowles, personagem principal de Cabaret, um dos mais famosos musicais da Broadway nos anos 60. Cláudia estreou a
segunda versão brasileira de Cabaret no fim de outubro, em São Paulo, com produção dela, direção de José Possi Neto, tradução do texto e das canções de Miguel Falabella e mais de 20 atores no elenco. Uma
superprodução. O resultado não poderia ser outro. Casa lotada para ver Cláudia dançando, cantando, atuando… Um tour de force para a atriz que, aos 45 anos e depois do fim, no ano passado, de um casamento
de 16 anos com Edson Celulari e dois filhos (Enzo, 14 anos e Sofia, 8 anos), está mais madura e brilhante como nunca… E não é só isso. No nosso encontro, Cláudia demonstrou o profissionalismo de quem está
acostumada a cumprir todos os rituais da profissão desde cedo, com uma segurança um ponto acima do normal. Ela decide se quer, se gosta e pronto. Afinal, não há muito espaço para discussão com uma diva, a
atual “dama do Cabaret.
Apesar de você morar no Rio e ser conhecida nacionalmente como uma atriz da Globo, você é paulista!
Sim, nasci em Campinas. Saí muito cedo da cidade, com 13 anos, mas tenho ótimas lembranças. Tenho tios, primas, amigos queridos que moram lá. Volto pouco, mas vou sempre que posso. Saí de lá para uma bolsa de estudos de dança nos EUA e depois fiz uma audição para o Teatro Colón em Buenos Aires. Passei como primeira bailarina e fui morar na Argentina. Eu amo a Argentina. É meu segundo país. Voltei para o Brasil já para fazer Chorus Line.
Você começou muito cedo na carreira artística. Isso não é normal…
Eu era menor, tinha a idade que meu filho mais velho tem hoje. Uma loucura! Mas eu era tão insistente que minha mãe sabia que era inevitável. Ela tinha uma academia de dança. Eu nasci ali.
Veja a matéria completa na revista Go’Where nº90.