Coluna de cerveja: chope na sobreloja e Bob Marley
Novidades do universo da cerveja!
Por: Leonardo Millen
Sobreloja bacana
O Bar Original, em Moema, tem uma forte ligação com minhas raízes cariocas. Qual não foi a minha surpresa saber que na sua sobreloja abriu o Câmara Fria, um bar muito bacana de 12 torneiras de cervejas artesanais. Ele faz parceria com a mineira Wäls, que traz um barril diferente a cada 50 dias. Ou seja, há sempre novidades, inclusive de outras marcas. Tomei lá o Walls Fresh IPA, feito de um blend de cinco lúpulos, fresco e amargo, mas equilibrado, com sabor que lembra frutas cítricas e aroma floral. E um delicioso Juicy IPA da paulista Blondine, com sete lúpulos na receita, que remetem a frutas amarelas, como maracujá, manga e laranja. Virei fã da sobreloja, ainda mais que, de meia em meia hora, sobem da cozinha do térreo delícias como coxinhas, pizza brotinho de calabresa e empadas divinas!
Edições especiais
A cidade fluminense de Petrópolis foi berço da “saudosa” Bohemia, uma referência para mim. Lá também surgiu a Cervejaria Petrópolis, que criou as cervejas Itaipava e Petra, de alto consumo, nos anos 1990. Talvez a marca queira resgatar o passado de glória com edições especiais de cinco cervejas com base na tradição alemã: Aurum, Schwarzbier, Bock, Weiss Bier e Stark Bier. Provei todas. A Aurum é a autêntica Pilsen de puro malte, agradável e de teor alcoólico de 6,2%. A Schwarzbier é encorpada e cremosa, escura, com aquele sabor caramelizado e 6,2% de teor. Gostei. A Weiss é a de trigo bem tradicional, sem grandes surpresas, com 5,2% de teor alcoólico. A Stark teve uma história curiosa. É uma cerveja encorpada, de puro malte forte e sabor dificil. Mas, sem querer, a provei com um pedaço de ovo de Páscoa – e ela se revelou. Vai entender…
Do Guga
Guga Rocha, além de uma figura muito querida, é também um dos chefs brasileiros mais talentosos da nova geração, famoso por valorizar os ingredientes brasileiros. Por isso ele se aventurou em assinar uma linha de seis estilos de cerveja especiais inspiradas nos biomas brasileiros, em parceria com a cervejaria Micro X. A primeira, no estilo Fruit Beer, leva cupuaçu e açaí, com 4,9% de teor. Uma cerveja que lembra um energético, com final azedinho e bem refrescante. Ótima para embalar uma boa mesa. Mal posso esperar pela próxima.
Cervejoduto
Estive no restaurante Kaa, no Itaim, para o coquetel de lançamento oficial no Brasil das excelentes cervejas belgas Brugse Zot Blond e Straff ehendrik, da Cervejaria De Halve Maan. A cervejaria é aquela famosa de Bruges que construiu um cervejoduto de três quilômetros, da fábrica (de 1856) até a engarrafadora, para livrar as ruas da cidade medieval histórica dos caminhões de entrega. Provei apenas a Zot, que é feita com quatro tipos de maltes e duas variedades de lúpulos aromáticos, os quais dão um resultado leve, de amargor suave e 6% de teor. Saí do restaurante imaginando um duto dela com uma torneirinha lá em casa.
Positive Vibration
Berço da cultura rastafari e do reggae, a Jamaica também produz a cerveja Red Stripe, considerada uma das melhores largers do mundo. Bacana que agora ela chega oficialmente ao Brasil, importada e distribuída pela Casa Flora. Ele é clara, com final suave e leve amargor, com 4,7% de álcool e uma garrafa vintage. Quando provei, foi inevitável não lembrar de Bob Marley e daquela famosa foto dele tomando uma depois de um futebol com os amigos. Entrei na vibe…
Gostou?
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