Tudo sobre o Deep Plane Facelift, novo lifting facial que deixa resultados mais harmônicos
Quando pensamos no envelhecimento, a queixa mais comum é focada apenas na pele, que fica flácida, com rugas… Mas outras estruturas da face também enfrentam esse processo e podem ser responsáveis pelas alterações na superfície. “O envelhecimento facial não envolve só a pele, abaixo dela existem músculos e ligamentos que, muitas vezes, precisam ser reposicionados. Com o surgimento da técnica Deep Plane Facelift, um lifting facial de plano profundo, isso se tornou possível, pois age em todas as camadas que sofrem com o envelhecimento”, explica a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da ISAPS – International Society of Aesthetic Plastic Surgery. A técnica é um upgrade do lifting facial e é uma das grandes novidades no campo de cirurgia plástica.
Como funciona
O Deep Plane reposiciona o conjunto de musculatura, gordura e pele do rosto a partir de uma dissecção profunda da musculatura facial. “O lifting facial de pele exclusivo traciona apenas a pele, sem mexer com a gordura e a musculatura flácidas e mal posicionadas. Dessa forma, quando há traços de flacidez muscular, a pele seria esticada e o resultado tende a ser um pouco mais artificial, se não houver tratamento do músculo. Já no Deep Plane, teremos um resultado mais harmônico, maior eficiência e durabilidade especialmente para o bigode chinês, bochechas de bulldog e olheiras, justamente porque há o tratamento de camadas mais profundas, como o SMAS – Sistema Músculo Aponeurótico Superficia”, explica a Dra. Beatriz Lassance.
A técnica Deep Plane, descrita há anos, tornou-se mais popular no ano passado após o Dr. Andrew Jacono, de Nova York, fazer algumas modificações que facilitaram a execução e aumentaram o grau de segurança. “Essa é uma das grandes novidades em cirurgia plástica facial dos últimos tempos”, comemora a médica.
Com relação ao pré-operatório, a médica orienta que o paciente esteja em boas condições clínicas e não faça uso próximo à cirurgia de medicamentos que aumentam o sangramento, como aspirina e anti-inflamatórios. No pós-operatório, é normal apresentar inchaço e áreas arroxeadas, que melhoram em torno de 2 a 3 semanas. “O paciente deve permanecer em repouso relativo por 2 a 3 semanas e afastado de atividades físicas por 30 dias. Além disso, deve evitar sol por dois meses. É fundamental que o procedimento seja realizado por um cirurgião plástico especializado e com um bom nível de conhecimento anatômico, que é necessário para a adequada realização da cirurgia”, finaliza a médica.
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FOTO: Adobe Stock