Resveratrol mimético: poderoso cuidado com a pele
Você com certeza já deve ter escutado que beber uma taça de vinho tinto por dia é excelente para a saúde do organismo. Mas, se o consumo de álcool é prejudicial, por que essa recomendação existe? Isso deve-se a um polifenol presente em alta quantidade no vinho conhecido como resveratrol. “Encontrado principalmente na casca e nas sementes das uvas vermelhas ou pretas, o resveratrol é um dos mais poderosos antioxidantes que existem, sendo capaz de combater significativamente os radicais livres, moléculas altamente reativas que, na pele, podem provocar danos celulares, favorecendo o envelhecimento precoce com consequente aparecimento de rugas, flacidez, manchas e perda de luminosidade”, explica o dermatologista Dr Gustavo Saczk, membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. Desde a sua descoberta em 1940, o resveratrol vem ganhando cada vez mais atenção da indústria dermocosmética e dos consumidores devido as suas propriedades antioxidantes, anti-idade e clareadoras. Apesar de já consagrado, o resveratrol também ainda é alvo de constantes estudos que visam aumentar a eficácia, a estabilidade ou a biodisponibilidade do ingrediente. Nesse cenário, vemos o surgimento, por exemplo, de um resveratrol mimético idêntico ao natural com alta performance, poderosa capacidade antioxidante e propriedades multifuncionais de clareamento da pele.
“O resveratrol também é apontado, por exemplo, como uma substância que aumenta a telomerase, enzima que age protegendo os telômeros, que, por sua vez, tem como principal função defender o material genético, mas que, a cada replicação das células, ficam mais curtos, fazendo com que as células parem de se reproduzir e atinjam um estado de envelhecimento, que é sentido em todo o organismo, inclusive na pele”, explica o dermatologista
Composto pelo trans-resveratrol, forma mais estável e biodisponível do ingrediente, esse ativo cosmético possui múltiplo mecanismo de ação no combate às hiperpigmentações da pele para iluminá-la visivelmente em apenas duas semanas. “O resveratrol mimético reduz a síntese de melanina (pigmento que dá cor à pele e é responsável pela formação das manchas) de diferentes formas, como: inibição da tirosinase, enzima responsável pelo processo de formação do pigmento que dá cor à pele; regulação da expressão do gene MCR, relacionado à produção de pigmento; impacto no funcionamento e maturação dos melanossomos, organelas responsáveis pela produção e armazenamento de melanina; e atenuação do transporte do melanossomo dentro dos melanócitos, células produtoras de melanina, e para os queratinócitos, onde a melanina é liberada para conferir pigmentação da pele e fotoproteção”, destaca o especialista. Dessa forma, o ativo é capaz de reduzir a melanogênese, isto é, a síntese de melanina para clarear manchas e tornar a pele mais radiante.
Mas a ação do resveratrol mimético não se resume as suas propriedades clareadoras. Por sua ação antioxidante, esse polifenol ainda retarda o processo do envelhecimento, protege contra a radiação ultravioleta e confere efeito anti-idade, na medida em que é capaz de ativar a sirtuína-1, proteína que age no aumento da longevidade celular. “O resveratrol também é apontado, por exemplo, como uma substância que aumenta a telomerase, enzima que age protegendo os telômeros, que, por sua vez, tem como principal função defender o material genético, mas que, a cada replicação das células, ficam mais curtos, fazendo com que as células parem de se reproduzir e atinjam um estado de envelhecimento, que é sentido em todo o organismo, inclusive na pele”, explica o dermatologista
Segundo o médico, a ação do ativo no rejuvenescimento e prevenção do envelhecimento também se deve a sua capacidade de fortalecer as fibras de colágeno, que são responsáveis pela sustentação da pele, e estimular os fibroblastos, células produtoras dessas fibras. Além disso, o resveratrol mimético ainda ajuda a proteger essas proteínas estruturais da pele, incluindo também as fibras de elastina e o ácido hialurônico, dos danos externos através de suas propriedades anti-inflamatórias e, principalmente, antiglicantes. “A glicação é um processo influenciado pelo consumo excessivo de açúcar e carboidratos no qual as moléculas de glicose se ligam às fibras de elastina e colágeno, fazendo com que se quebrem. Como resultado desse processo, há o aumento da flacidez e linhas de expressão, além da evidenciação de rugas e piora das manchas”, alerta.
E o melhor é que o ingrediente pode ser incorporado em produtos para diversas finalidades, sendo especialmente interessante em fórmulas anti-idade e clareadoras. E, para garantir máximo aproveitamento das propriedades do resveratrol mimético, o ideal é que cosméticos formulados com esse ativo sejam utilizados, em média, a partir dos 25 anos, já que é nessa fase em que ocorrem os primeiros processos de envelhecimento.
FONTE: DR GUSTAVO SACZK – Dermatologista membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
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