Nova plástica de abdômen trata gordura e flacidez de maneira menos invasiva
Ela atende pelo nome de MILA e tem chamado a atenção de cirurgiões plásticos do mundo todo. Vamos explicar: a MILA (Minimally Invasive Lipoabdominoplasty) é uma lipoabdominoplastia minimamente invasiva que possibilita o tratamento de pele, gordura e músculos com cicatrizes reduzidas.
Segundo a Associação Brasileira de Cirurgia Plástica (BAPS), o grande diferencial da técnica MILA está justamente na ausência dos grandes cortes que são necessários na abdominoplastia convencional para a retirada da pele flácida. “Antes isso não era possível, mas, hoje, graças ao avanço das tecnologias e a evolução de aparelhos como os laseres, radiofrequência e o jato de plasma, conseguimos diminuir a flacidez da região e tornar a pele mais firme de maneira minimamente invasiva”, explica o cirurgião plástico Raidel Deucher. Além disso, a técnica também possibilita o tratamento da diástase abdominal por meio de videocirurgia ou cirurgia robótica, garantindo máxima precisão no procedimento de maneira menos invasiva. “A diástase abdominal é um problema muito comum, por exemplo, após a gravidez, tratando-se de uma separação dos músculos retos do abdômen, o que causa uma protuberância na região”, afirma o médico.
A técnica MILA é realizada em três etapas. Primeiro, é feita a lipoaspiração para retirada da gordura localizada e modelagem do contorno corporal. Em seguida, é realizada a videocirurgia ou cirurgia robótica para correção da diástase. “É importante ressaltar que, na cirurgia robótica, o robô não realiza o procedimento por conta própria. Tudo é controlado pelo cirurgião. E a câmera e pinças utilizadas pelo robô são inseridas por furos minúsculos na parte inferior do abdômen, então as cicatrizes são praticamente imperceptíveis”, diz o Dr. Raidel Deucher. Por fim, a flacidez de pele é tratada, o que pode ser feito com uma grande diversidade de tecnologias disponíveis atualmente. “A escolha da tecnologia para tratar a flacidez de pele será feita pelo cirurgião de acordo com cada caso. Podemos usar, por exemplo, o jato de plasma, que promove uma reorganização das fibras de colágeno, responsáveis pela firmeza da pele, por meio do aquecimento e resfriamento controlado dos tecidos da região. Outra opção é a radiofrequência microagulhada, que consiste na inserção de microagulhas na pele que, após atingirem uma certa profundidade, emitem energia de radiofrequência para promover aquecimento, com estímulo de colágeno e melhora da firmeza da pele. O laser também pode ser usado, atuando de maneira similar ao aumentar a temperatura da região tratada, o que promove síntese de colágeno e contração da pele flácida”, detalha.
Além de gerar cicatrizes significativamente menores e menos aparentes, a técnica MILA, por ser minimamente invasiva, oferece um período de recuperação pós-operatório menor e mais tranquilo. “Assim como qualquer procedimento cirúrgico, a técnica MILA tem riscos, mas esses são menores em comparação a abdominoplastia convencional, justamente por ser uma técnica pouco invasiva, o que se traduz em menor trauma e sangramento”, destaca.
Vale lembrar, no entanto, que a MILA não substitui, necessariamente, a abdominoplastia convencional. “A técnica MILA é indicada em casos de flacidez leve a moderada e diástase abdominal. Em casos mais graves, com grande excesso de pele, a melhor opção ainda é a abdominoplastia convencional. Então o mais importante é buscar um cirurgião plástico especializado, que poderá realizar uma avaliação e indicar a melhor técnica para o seu caso”, finaliza o Dr. Raidel Deucher.
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FOTO: Adobe Stock