Fernanda Vasconcellos conta tudo sobre sua estreia no longa-metragem A Cisterna

Ela se entrega de corpo e alma a cada trabalho que estrela, presenteando o público com um verdadeiro espetáculo repleto de emoções. E não foi diferente em seu mais novo desafio profissional: o filme
A Cisterna, um suspense que já está disponível nas plataformas on demand. Confira!
Imagine passar dias presas em uma cisterna, tendo de enfrentar seus medos e lutar para sobreviver. Esse é o drama que vive Lorena, personagem vivida pela atriz Fernanda Vasconcellos no longa-metragem A Cisterna, que estreou recentemente nas plataformas on demand iTunes, Now, Google Play, Vivo e Oi. Escrito e dirigido por Cristiano Vieira e com o ator chileno Cristobal Tápia Montt como antagonista, o filme foi gravado antes da pandemia, em setembro de 2019, na cidade de Brasília, e Fernanda teve de, realmente, ficar em um estreito e úmido buraco na terra para gravar a maioria das cenas da trama, que exigiram preparo emocional – para incorporar o drama da personagem – e físico, já que ela teve de tentar “escalar” a cisterna diversas vezes nas tentativas de sair daquela situação. Mas todas essas dificuldades, certamente, valeram muito a pena, e o resultado é um filme enigmático que agrada público e crítica: A Cisterna faz parte da seleção do Festival de Cinema de Nova York. “Eu me sinto grata por estar em um campo competitivo que produz entretenimento, sim, mas também arte”, conta Fernanda, que concedeu uma entrevista exclusiva para Go Where.

Foto André Nicolau
Estreou, recentemente, o filme A Cisterna, que foi rodado antes da pandemia, e ele tem uma trama bem angustiante. Como foi participar desse longa?
Atravessar essa jornada emocional da Lorena em A Cisterna foi intenso. Como tudo na vida, um grande e curioso aprendizado.
Deve ter sido muito difícil fazer as cenas na cisterna, né!?
Não foi confortável me abrir para viver o medo dentro de um cenário nada acolhedor. Foi realmente assustador.
A estratégia de lançamento foi alterada por conta da pandemia? Ou a ideia já era lançar o filme apenas nas plataformas on demand?
Foi, sim. Era cinema como primeira janela, mas estamos otimistas para o lançamento direto no VOD [vídeo on demand]. São novos tempos.
Nos últimos anos, você apostou mais nos filmes, como A Cisterna e Boca de Ouro, e em séries, como Coisa Mais Linda. Desistiu das novelas por hora?
Imagina! Adoro novelas, mas estou presenteando o meu ofício com outras oportunidades. Aprendo com a diversidade e com as incertezas.
Agora que a nossa rotina está, relativamente, voltando ao normal, com o avanço da vacinação, você já tem planos de voltar a gravar?
Estou filmando um novo projeto, é cinema. É um presente retomar o trabalho porque exercer o meu ofício me faz muito bem, me sinto satisfeita.
Como está driblando esse período de pandemia? Ainda está se dividindo entre São Paulo e Rio?
Estou fazendo o melhor que posso, levo a sério os protocolos de segurança, procuro orientação médica para tirar as dúvidas e faço uso de tudo o que está ao meu alcance para me proteger e proteger quem está perto de mim. Acredito na ciência e sigo as recomendações das autoridades sanitárias.
Com a pandemia, muita gente desenvolveu crise de ansiedade, estresse foi a mil… Tem feito alguma coisa para cuidar da saúde mental?
Meditação. A pandemia foi, por si só, extremamente desagradável, ficamos em casa mais de um ano e assim nos sentimos protegidos e fizemos o que pudemos dentro do que era possível.
Qual o maior aprendizado que você teve neste último ano?
Que não podemos mudar o outro. Mas podemos nos cuidar, poupar e perguntar sobre o que não vemos lógica.
Por Cibele Carbone Fotos André Nicolau