Entenda como uma alimentação balanceada ajuda na saúde da pele
Pode parecer básico, mas quando se trata de pele, muitas pessoas esquecem que a nutrição desse tecido também começa pela boca. “Juntamente com hábitos inteligentes – como usar protetor solar todos os dias – verifique o que está no seu prato. Alguns alimentos possuem, naturalmente, diversos macro e micronutrientes que são capazes de trazer benefícios para a pele, desde fornecer o aporte necessário de proteínas para formar a sustentação da pele até combater os radicais livres”, explica a médica nutróloga Marcella Garcez. E antes que mais uma neurose fantasiada de tendência seja criada, a médica destaca: “Não há necessidade de ficar obcecado por um ‘superalimento’ específico ou ingrediente exótico, já que a alimentação equilibrada e variada fornecerá os nutrientes essenciais. O que mais importa é seu padrão alimentar geral.”
Confira abaixo dicas de como a alimentação pode ajudar na saúde e beleza da pele:
Não precisa inventar a roda: não há nada de sobrenatural na busca pelos alimentos que beneficiarão a sua pele. “Em poucas palavras, a maioria das pessoas precisa comer mais frutas e vegetais, ingerir boas fontes de proteínas e gorduras saudáveis, reduzir açúcar e sal e preferir alimentos integrais aos processados. Inclusive a variedade de cores dos alimentos é benéfica ao organismo, porque as cores ou pigmentos dos alimentos devem-se à presença de determinados fitonutrientes, que têm papel importante na prevenção de doenças e manutenção da saúde, inclusive da pele”, explica a médica nutróloga.
De olho no ômega-3: ele é um tipo de ácido graxo poli-insaturado e classificado como essencial porque o organismo não o sintetiza. É uma gordura saudável, necessária para diversas funções no organismo. “Alimentos ricos em ácidos graxos do tipo ômega-3 como os peixes de água fria, nozes, sementes como chia e linhaça, folhas verde-escuro e algas, são importantes para a proteção antioxidante do compartimento lipofílico da pele e anexos cutâneos. O ômega-3 tem propriedades anti-inflamatórias e sua deficiência pode contribuir para o envelhecimento precoce da pele e o surgimento de problemas dermatológicos”, acrescenta a Dra. Marcella. Segundo a farmacêutica e diretora científica da Biotec Dermocosméticos, Patrícia França, a suplementação com ômega-3, por meio do suplemento F.C. Oral, pode ser usada até mesmo após procedimentos estéticos para evitar a hipercromia pós-inflamatória – uma reação comum aos tratamentos dermatológicos quando há uma maior produção de manchas na pele em razão da inflamação gerada pelo equipamento. Além disso, a molécula pode ajudar no tratamento da acne. “F.C Oral é um fosfolipídeo de origem marinha rico em ácidos graxos poli-insaturados (PUFA) ômega-3 (DHA e EPA), Astaxantina e vitamina E que irão atuar diminuindo a produção de sebo por sua ação na glândula sebácea, ação anti-inflamatória, como também irá formar uma barreira epidérmica mantendo a membrana celular íntegra e hidratada, uma vez que a acne e alguns tratamentos sistêmicos promovem um ressecamento da pele e uma perda transepidérmica de água”, diz a farmacêutica.
Sementes oleaginosas e frutas vermelhas: o consumo das castanhas, amêndoas, nozes, pistache, macadâmia, avelã e outras sementes como chia e linhaça, é recomendado segundo a médica, pois essas sementes são ricas em nutrientes importantes para a beleza da pele, como os ácidos graxos ômega-3, selênio e vitamina E. “Além dos benefícios do ômega-3, o selênio está associado a uma pele mais viçosa e a vitamina E é um dos principais antioxidantes do compartimento lipofílico da pele”, comenta a Dra. Marcella. No caso das frutas vermelhas e roxas, blueberry, cranberry, açaí, framboesa, amora, morango, cereja, além da jabuticaba, devem ser consumidas, de acordo com a médica nutróloga, pois contêm grande quantidade de polifenóis, que são potentes antioxidantes e neutralizam os efeitos dos radicais livres, que aceleram o envelhecimento. “As frutas vermelhas são ótimas fontes de vitamina C, que é essencial para a produção do colágeno, além de ser um dos principais antioxidantes”, comenta a médica nutróloga. “Esse tipo de alimento conta com antioxidantes, que são verdadeiros defensores da pele e atuam para neutralizar os radicais livres. Além disso, eles também aumentam a produção de colágeno. Alimentos com Vitamina C e resveratrol são altamente interessantes para ajudar a poupar e construir colágeno”, diz a dermatologista Claudia Marçal.
Foco nas proteínas: um bom aporte de proteínas ajuda a manter o tônus e renovar as estruturas da pele. “As fontes alimentares de proteínas como carnes, ovos, laticínios e leguminosas são importantes para fornecer aminoácidos necessários. Dietas muito restritivas, com déficit de proteínas, e pouca ingestão de água são os fatores alimentares que mais rapidamente impactam negativamente as estruturas da pele”, explica a Dra. Claudia Marçal. O problema é que, segundo a Dra. Marcella, no geral o consumo diário de proteínas fica aquém do necessário. “Essa ingestão deve ser individualizada e específica, tendo em atenção à idade da pessoa, o gênero, a atividade física, a profissão, o estado de saúde e os objetivos pessoais. As necessidades diárias podem ir de 0,8g/kg (gramas de proteína por kg de peso corporal) a 2g/kg ao dia e dependem de vários fatores”, comenta a Dra. Marcella. Em alguns casos, vale investir na suplementação de whey protein e de colágeno. “Os peptídeos do colágeno são muitíssimos bem-vindos, pois agem de uma maneira a estimular a neocolagênese interna, ou seja, a nova formação de colágeno internamente. Conjuntamente podemos utilizar o silício estabilizado em colágeno marinho Exsynutriment, que também estimula a produção de colágeno, elastina e ácido hialurônico para conferir melhora do tônus da pele e diminuição da flacidez. Sempre administro conjuntamente com outras formas de estímulo de colágeno”, explica a dermatologista Dra. Claudia Marçal.
Pré e probióticos beneficiam a pele ao cuidar do intestino: segundo a farmacêutica Patrícia França, estudos mais recentes demonstram que a diversidade de microrganismos da pele apresenta semelhança e sofrem influência do intestino, pois probióticos ingeridos por via oral conseguem modular o microbioma de locais distantes do trato gastrointestinal, como a pele. “Intestino e pele são órgãos complexos e multifuncionais que são formados por uma relação simbiótica entre as colônias em abundância e o seu hospedeiro, podendo ser a epiderme e a derme. Esses achados científicos corroboram com a ideia de que a microbiota possa ser uma terceira camada da pele e de grande relevância na proteção cutânea. Nesse sentido, um intestino saudável representa uma pele em equilíbrio e em harmonia com funções imunológicas e de barreira que previnem o aparecimento das dermatoses”, diz a farmacêutica. Nesse sentido, o que vale a pena ser ingerido? Iogurtes e coalhadas caseiras, queijos, kombucha, vegetais fermentados como chucrute, picles e kimchi, kefir de água ou leite, fermentados à base de soja como miso, natto e tempeh são ótimos exemplos de itens para adicionar à dieta. “A aveia, que é rica em fibras, também é importante, por conter compostos anti-inflamatórios”, explica a médica nutróloga. “A suplementação de prebióticos, como Betamune SC® 70, uma betaglucana obtida da Saccharomyces cerevisiae, também ajuda ao estimular a imunidade, aprimorando as defesas naturais do organismo e combatendo a inflamação crônica”, finaliza Patrícia França.
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