Didi Wagner viaja ao redor do mundo revelando destinos sob um olhar diferente
A apresentadora Didi Wagner, que está no ar com a nova temporada do programa Lugar Incomum, no Multishow, fala sobre a sua paixão por viagens.
Por: Cibele Carbone
Suíça, Itália, Portugal, Inglaterra, Estados Unidos, Tailândia, Japão… A lista dos países que a apresentadora Didi Wagner já visitou é bem extensa. À frente do programa Lugar Incomum, exibido pelo canal Multishow, desde 2006, Didi tem a (deliciosa!) tarefa de viajar ao redor do mundo e revelar cada destino sob um olhar diferente, mostrando seu lado mais pitoresco e que, em geral, não é explorado nos roteiros tradicionais de turismo. Na nova temporada de Lugar Incomum, Didi desvenda Israel para o público, mais precisamente Tel Aviv e Jerusalém. A loira também visitou o Mar Morto, o Deserto de Negev, o Kibbutz Ein Gedi e as ruínas das cidades mais antigas do mundo, além de ter feito vários passeios gastronômicos. “A culinária israelense tem muita influência da cozinha mediterrânea, e, se tem uma coisa que os israelenses prezam, é pelos momentos alegres e bacanas à mesa.”
GW: De onde vem sua paixão por viajar?
DW: Tudo aconteceu de forma natural. Comecei fazendo o Lugar Incomum em Nova York, quando me mudei para lá com minha família, em 2006. Passamos alguns anos mostrando as curiosidades da cidade, até que, em 2009, o programa passou a ser itinerante. Desde então, já grava-mos em diversos países da Europa e também fomos para a Ásia – Tailândia e Japão, em duas temporadas diferentes –, Nova Zelândia, e, mais recentemente, Israel.
GW: Quem será que tem o passaporte mais carimbado: você, o Zeca Camargo ou a Glória Maria?
DW: (risos) Adorei ser colocada junto a essas duas referências máximas no meu campo de atuação, mas eu realmente sou estagiária perto deles…
GW: Brincadeiras à parte, quantos destinos já visitou?
DW: Vou dar aquela resposta meio “batida”, mas que resume bem tudo: já viajei mais do que muita gente, e bem menos do que eu gostaria.
GW: Depois de tantas viagens, você tem o seu lugar predileto no mundo? E não vale dizer a sua casa…
DW: Costumo brincar que a minha viagem favorita é sempre a última. Acho que é pelo fato de tudo estar mais fresco na minha memória. Então, seguindo esse raciocínio, meu lugar predileto no mundo neste exato momento, abril de 2019 [quando foi feita esta entrevista], é uma ilha das Maldivas, com areia branquinha e aquele mar calmo e cristalino, repleto de vida marinha.
GW: Quais lugares ainda sonha conhecer?
DW: Posso ocupar quantas páginas com essa resposta? (risos) São tantos lugares que ainda sonho conhecer… Mas vou citar alguns países que me vem à mente logo de início: China, México e Ruanda – para fazer o safári para avistar os gorilas.
GW: Quanto tempo costuma ficar em cada destino para gravar o programa?
DW: E de onde vêm as indicações dos “lugares incomuns” que apresenta?Precisamos de 15 a 20 dias para gravar 8 episódios do Lugar Incomum. Fazemos uma pesquisa extensa e detalhada sobre cada cidade que será visitada, e sempre contamos com a ajuda de pessoas locais para a pesquisa de pautas. A partir daí, definimos – previamente à viagem – quais serão os locais onde vamos gravar o programa e alguns dos “personagens” que iremos entrevistar. Mesmo assim, temos espaço para o improviso, e eu acabo sempre entrevistando pessoas e visitando lugares que não estavam previstos no nosso cronograma inicial.
GW: Como lida com a saudade das filhas, do marido… Chamadas de vídeo ajudam nessas horas?
DW: Com certeza! Essas ferramentas tecnológicas ajudam muito a aliviar a saudade. Mas a realidade é que, por conta da diferença de fuso horário e da correria das gravações e do dia a dia das minhas filhas, a gente mal tem tempo para fazer videoconferências.
GW: E costuma levar algo para deixar o quarto do hotel com o “jeitinho” de casa, como um porta-retrato?
DW: Ui, não… Mas é uma boa ideia. Vou pensar em algo assim para uma próxima viagem!
GW: Já aprendeu a viajar com pouca bagagem?
DW: Eu acho simplesmente sensacional aquelas mulheres que conseguem viajar apenas com uma mala de mão para uma temporada de 10 dias ou mais fora de casa. Eu já tentei e percebi que sou incapaz de atingir esse ponto. Por outro lado, nunca, na minha vida, paguei ex-cesso de bagagem. Acho um dinheiro mal gasto e evito isso a qualquer custo. Eu demoro bastante para fazer a mala porque tento levar o necessário, mas sempre acabo levando coisas a mais.
GW: Você morou em Nova York por alguns anos. O que esse destino oferece de bom, até mesmo a quem já foi várias vezes para lá?
DW: Pra mim, a cena cultural de Nova York é o que a cidade tem de mais especial. Exposições de arte em museus e galerias, espetáculos da Broadway e off-Broadway, shows: são muitas opções e todas são renovadas de tempos em tempos. Mesmo que você vá com muita frequência para lá, sempre vai ter alguma novidade para ver.
GW: E São Paulo, o que a cidade oferece de melhor, para turistas e moradores?
DW: São Paulo é uma cidade pulsante, intensa e cheia de possibilidades. Adoro passear por aqui e constatar que podemos encontrar várias microcidades, cada uma com sua personalidade. Gosto muito do centro de São Paulo, apesar de algumas áreas estarem tão abandonadas e depredadas. Mas, acima de tudo, acho que para São Paulo vale o mesmo raciocínio que usei para falar de Nova York: o mais legal desta cidade é a incrível oferta cultural, em diferentes frentes, em uma cena que se atualiza constantemente.