Aprenda a cuidar da saúde do seu cabelo
Assim como o resto do nosso organismo, o cabelo precisa de cuidados específicos para se manter saudável e bonito. Afinal, eles ficam expostos, quase que diariamente, a inúmeros fatores maléficos para sua integridade, como poluição, má alimentação, procedimentos químicos – como tinturas e alisamentos –, e uso excessivo de secador e chapinha. Se os fios não estiverem protegidos contra esses “perigos”, começam as surgir os danos. “A principal causa de alteração dos fios são os danos físicos e químicos causados por procedimentos de alisamento e tintura, além da utilização frequente de chapinhas e secadores. Esses danos causam quebra e, até mesmo, o corte químico dos fios. Para evitar esse dano, é importante sempre buscar um cabeleireiro de confiança, realizar teste de mecha antes de pintar o cabelo e evitar realizar tintura e alisamento em um intervalo menor que 15 dias. Em casa, é importante usar protetores térmicos ao realizar chapinha e ao secar os fios, usar aparelhos com controle de temperatura e manter o jato de ar quente do secador a pelo menos 15 centímetros de distância do cabelo”, comenta a dermatologista Jessica Sanmiguel, da Kaloni Hair Restoration, clínica internacional especializada em microtransplante e tratamentos capilares. Mas esses não são os únicos “problemas cabeludos”: a queda de cabelo pode se fazer presente (em homens e mulheres!) e há inúmeras causas para esse incômodo. “Por isso, sempre que notar aumento do volume de queda de cabelo, áreas de rarefação, afinamento ou áreas sem cabelo no couro cabeludo, é importante buscar um dermatologista”, alerta a Dra. Jessica Sanmiguel.
O “x” da questão
Uma das causas mais frequentes de rarefação dos fios é a alopecia androgenética, também chamada de calvície. O primeiro sinal da presença do problema é o afinamento dos fios ao longo dos anos. “Nos homens, nota-se a calvície, principalmente, na região das entradas e da coroa. E nas mulheres ocorre um afinamento difuso, com aumento da risca, ou seja, o couro cabeludo fica mais visível quando o cabelo está dividido ao meio.”
Vale lembrar que a perda dos fios também pode ser fruto do eflúvio telógeno, que promove a queda devida a uma alteração do ciclo capilar após situações de estresse ou infecções virais, como a do novo coronavírus. Nesse tipo de queda, a pessoa tende a notar o problema, geralmente, de 2 a 3 meses após o evento causal.
Cada caso, uma solução
Independentemente da causa, boa parte dos problemas capilares pode ser amenizada com a ajuda de tratamentos específicos. Os procedimentos que cuidam da saúde dos fios, como hidratação e reconstrução, podem ser adotados por praticamente todas as pessoas que desejam melhorar a integridade da estrutura capilar e deixar o cabelo mais bonito. Pessoas com problemas de dermatite seborreica, mais conhecida como caspa, podem tratar o problema com o uso de shampoos específicos ou com a aplicação de medicações diretamente no couro cabeludo – tudo vai depender na intensidade do quadro. E vale lembrar que, se não for controlada, essa descamação no couro cabeludo pode, inclusive, levar à queda dos fios. Já no caso da presença de alopecia androgenética, recomenda-se a associação de tratamentos em casa com o uso de medicações orais e tópicas, além de tratamentos no consultório, como o MMP (microinfusão de medicamentos na pele). “Esses tratamentos têm o objetivo de engrossar os fios afinados pela calvície e evitar a progressão do quadro. Porém, os objetivos do tratamento e os resultados esperados dependem do grau da calvície de cada paciente. Por isso é importante ter o diagnóstico correto para prescrevermos o tratamento mais adequado, tendo em vista a existência de vários tipos de queda e patologias do couro cabeludo”, alerta a dermatologista. Geralmente, os resultados dos tratamentos contra a calvície podem ser observados após seis meses de tratamento, aproximadamente. E após atingir-se o resultado desejado, o paciente precisa fazer a sua manutenção, associando procedimentos em casa e no consultório.
Fotos Daniel Cancini