3 novidades estéticas para dar um “up” na pele e amenizar a flacidez
Durante o processo de envelhecimento, o rosto sofre alterações em várias estruturas da face. “Apesar da queixa mais comum focar em apenas uma estrutura, geralmente, a pele, que pode estar flácida ou com rugas, um exame clínico adequado visualiza a face como um todo, a estrutura óssea, a quantidade e a qualidade de tecidos, como gordura, músculos e ligamentos, e a qualidade e aparência da pele, além da proporcionalidade entre os segmentos da face”, explica a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. E para cada caso de flacidez, seja ela tecidual ou muscular, há uma indicação de tratamento. A boa notícia é que a Medicina está cada vez mais de mãos dadas com a tecnologia e sempre surgem novas técnicas que ajudam a recuperar e manter o tônus da pele em dia. Confira abaixo as três novidades do momento:
Morpheus 8 para estimular colágeno em casos mais leves
Segundo a dermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o Morpheus 8 é um aparelho de radiofrequência microagulhada, ou seja, tem uma ponteira com microagulhas que vão penetrar profundamente na pele. “Em seguida, cada agulha emite a radiofrequência para aquecer as camadas do tecido cutâneo, estimulando a produção de colágeno e elastina e firmando a pele. O melhor é que o procedimento é rápido e, com a anestesia devidamente aplicada, não dói. Mas os resultados não são imediatos, surgindo gradualmente e melhorando conforme mais sessões são realizadas. Geralmente, recomendamos de 2 a 3 sessões, mas esse número pode variar caso a caso. Como o procedimento age estimulando colágeno, uma das melhores indicações do Morpheus 8 é para o tratamento de flacidez com rugas e linhas em diversas regiões, incluindo colo, pescoço, face e ao redor da boca e dos olhos”, diz a médica.
Atria para casos moderados de flacidez
Método não-invasivo, o Atria é a quarta geração de ultrassom micro e macrofocado, que tem um novo formato de entrega, com a coagulação radial intermitente, possibilitando tratamentos mais rápidos de rejuvenescimento facial (rugas, flacidez e até poros) ao promover efeito térmico e muito menos dor. “Nesse tipo de coagulação, a energia do ultrassom é entregue de forma pulsada e não contínua, dessa forma os níveis de dor despencam”, afirma o dermatologista Abdo Salomão Jr., membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. O procedimento age em profundidades diferentes, inclusive no músculo, e traz duas ponteiras: uma em scanner e outra em caneta ultrassônica. “A vantagem de associar a caneta é que os estímulos são diferentes. Enquanto que no scanner temos um ponto de coagulação esférico e localizado, com alta temperatura, a caneta gera um efeito térmico em forma de elipse, difuso e com temperatura menor. As coagulações geradas são responsáveis por produzir o chamado skin tightening, quando a pele contrai, ideal para os tratamentos de flacidez de pele”, afirma o dermatologista.
Deep Plane Facelift para casos avançados
Quando a indicação é cirúrgica, o grande avanço em lifting facial é o Deep Plane Facelift, que reposiciona os músculos da face. “O lifting inicialmente tratava apenas a camada de pele do rosto, esticando-a e retirando seu excesso. Isso promovia resultados muito artificiais e estigmatizados. O Deep Plane se diferencia pela forma com que se trata o SMAS (Sistema Músculo Aponeurótico Superficial), de maneira mais profunda e fazendo um reposicionamento melhor e mais duradouro da anatomia que a idade alterou. A técnica permite um rejuvenescimento muito grande e natural para o rosto, pois trata de forma pontual todas as suas camadas que apresentam envelhecimento”, comenta o cirurgião plástico Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
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FOTO: Adobe Stock