O neurofilósofo Fabiano de Abreu revela como a neuroplasticidade ajuda no processo de memorização
Membro da Mensa – mais antiga sociedade de alto QI do mundo, com sede na Inglaterra – e QI comprovado com percentil 99 (que equivale a 148 no desvio-padrão 15 ou 180, no desvio-padrão 24), o neurofilósofo e jornalista Fabiano de Abreu é exemplo de como utilizar o cérebro de forma eficaz.
“Durante muito tempo se pensava que o cérebro era um circuito fechado incapaz de sofrer alterações, porém, estudos comprovaram que o cérebro tem notável capacidade de se expandir, de se regenerar, mesmo na idade adulta. Os circuitos neuronais são plásticos: eles são capazes de mudar em resposta a vários estímulos internos e externos. Em outras palavras, eles são moldados pela experiência. Esse fenômeno é chamado de ‘plasticidade neuronal’ ou ‘neuroplasticidade’”
Apaixonado pelo comportamento humano e considerado o jornalista que mais criou personagens na história da imprensa internacional, ele tem como formação a Filosofia, matéria que dedica-se desde a infância, além de possuir graduação e pós-graduação em Neurociência pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e pela Universidade Faveni, no Brasil; pós-graduação em Neuropsicologia pela Cognos, em Portugal, especialização em Psicologia Positiva pela PUC-RS, e em Neuroplasticidade na Brain Academy da Bélgica, e mestrado em Psicanálise e em Neuropsicanálise. Sua curiosidade atravessou a filosofia e a psicanálise quando quis compreender o comportamento dos superdotados.
Desde então, focou seus estudos e pesquisas na anatomia cerebral e aprimorou suas técnicas de memorização, passando a dominar estratégias que ajudam no melhor armazenamento de informações. Só para se ter uma ideia, Fabiano chegou a completar 10 cursos, entre pós e especialização, em apenas dois meses. “Durante muito tempo se pensava que o cérebro era um circuito fechado incapaz de sofrer alterações, porém, estudos comprovaram que o cérebro tem notável capacidade de se expandir, de se regenerar, mesmo na idade adulta. Os circuitos neuronais são plásticos: eles são capazes de mudar em resposta a vários estímulos internos e externos. Em outras palavras, eles são moldados pela experiência. Esse fenômeno é chamado de ‘plasticidade neuronal’ ou ‘neuroplasticidade’”, explica Fabiano de Abreu.
Alimente seu cérebro
A neuroplasticidade é a criação de novas conexões, mas os neurônios fazem muito mais do que criar e se conectar uns aos outros: eles podem formar novos ramos e espinhas dendríticas, aumentando o tamanho da sua rede. “Quando experimentamos algo novo, em minutos ou horas se forma uma nova espinha dendrítica em busca da extremidade de um axônio próximo. Na semana seguinte, se forma uma sinapse funcional que estabiliza a informação, mas o contrário também pode acontecer, as espinhas dendríticas encolhem, eliminam as sinapses e a memória se perde”, explica Abreu.
Para fortalecer o cérebro, a repetição é de extrema importância. “Nos tornamos melhores e mais rápidos naquilo que fazemos repetidamente, e assim trabalhamos a neuroplasticidade do nosso cérebro.” Mas existem diversas formas de fazer isso, e Abreu dá a dica: “ler, aprender. Não tem nada melhor do que a plasticidade através do conhecimento, da leitura. Somado a isso, é preciso fazer exercícios físicos e ter uma alimentação balanceada para o equilíbrio da microbiota intestinal para uma melhor liberação de hormônios e de neurotransmissores sem a necessidade de suplementos ou medicamentos que possam criar dependência.”
Foto: Contam’Estorias Fotografia/Divulgação