gw-30anosgw-30anosgw-30anosgw-30anos
  • Vida e Estilo
  • Beleza
  • Gastronomia
  • Turismo
  • Gente e Cultura
  • Mobilidade
  • Business
  • Go Recomenda
  • Receitas
    • Carnes
    • Doces e Sobremesas
    • Drinks
    • Massas
    • Pães
    • Peixes e Frutos do Mar
    • Petiscos
    • Sanduíches
    • Veggies
  • Colunas
    • Comunicação Estratégica
    • GoWhere Visita
    • O Lado Doce da Vida
    • Passaporte Carimbado
✕

Empresas brasileiras de moda e beleza com mais de 50 anos brilham no mercado internacional

Ter uma marca longeva, com sucesso de público durante anos é o sonho de qualquer empresário, ainda mais em um país com mudanças econômicas constantes. Segundo dados do IBGE, em 2021, menos de 40% das empresas no Brasil conseguiram sobreviver após cinco anos. Por conta desse e de outros dados não muito animadores é que as nossas empresas cinquentonas e centenárias são vistas como marcas valiosas e respeitadas, pois conseguiram atravessar adversidades econômicas, adaptar seu produto ou serviço às necessidades dos consumidores e estão em constantes transformações. Nesta lista estão algumas empresas nacionais que figuram há anos no nosso guarda-roupas, tamanha a importância para a cadeia industrial e da moda. Referências, elas viraram também parte da nossa cultura, estilo e até responsáveis por criar costumes reconhecidos internacionalmente. Havaianas, Iguatemi, Grupo Santista, Hering, Granado e Dakota somam mais de 200 anos de trabalho que se confundem com a nossa história. 

Havaianas: ícone nacional

Paixão nacional, as Havaianas foram criadas em 1962. São as famosas sandálias de tiras que estão na casa de todos os brasileiros. “A Alpargatas criou a Havaianas, uma sandália que não é mais uma marca ou produto, ela é um ícone da cultura brasileira e referência dos brasileiros”, resume Liel Miranda, Presidente das Havaianas. Com mais de 250 milhões de pares de sandálias vendidas todos os anos, tornaram-se um ícone nacional, algo para poucas e raras marcas. “A nossa estratégia foi ter um produto que esteja na casa de todos os brasileiros. Há Havaianas a preços acessíveis e as de colaborações com as marcas de luxo, que acessam pessoas com maior poder aquisitivo”, resume Liel. Vale lembrar que, na década de 80, o Ministério da Fazenda incluiu as sandálias na lista de produtos essenciais, ou seja, o preço era tabelado pelo Governo para que as pessoas pudessem comprar mesmo com ajustes de inflação. Sob o slogan “Tira o pé e vai de Havaianas”, a marca busca estar sempre de acordo com as questões pertinentes a todas as gerações, buscando formas e novos conceitos de comunicação . Com mais de seis décadas de história, mais de 10 mil trabalhadores, gente de 20 nacionalidades diferentes, Liel destaca que a grande virada das Havaianas foi deixar a visão de item básico, para se tornar produto fashion e ícone nacional. “Você tinha um produto que era percebido como básico, funcional, barato. Isso, obviamente, não é o melhor modelo de negócio. A empresa conseguiu dar essa virada e reposicionar como um item de moda que está em todo lugar”, resume Liel. A internacionalização da marca começou de forma ainda mais interessante, quando o time de marketing percebeu que a sandália era levada na mala como forma de “lembrancinhas” para as pessoas queridas. “No início dos anos 2000, percebemos que as pessoas compravam Havaianas e que era um ícone de desejo no exterior, então buscamos no mundo inteiro pessoas apaixonadas pela marca que topariam vender e representá-la. Foi um sucesso, e pouco depois começamos a fazer algumas colaborações com marcas internacionais”, conta. Resultado que gerou 130 lojas em todo mundo e mais de 40 milhões de pares vendidos, além de uma sandália comercializada a preço de luxo no mercado externo. “Estamos em 95% das casas brasileiras. Apesar disso, ainda temos muito potencial de crescimento e penetração no dia a dia do brasileiro e também no mundo, é sempre um desafio enorme”, finaliza Liel.

FOTO: Daniel Cancini

Granado: faturamento recorde

Se os indígenas nos ensinaram o costume do banho, foi a Granado que soube misturar as essências e perfumá-lo! A história da marca, que nasceu nos tempos do império, se confunde com a vida e os costumes dos brasileiros. “Nossa história está entrelaçada com a cultura brasileira, e essa conexão reflete no crescimento contínuo da marca, no sucesso dos nossos best-sellers e na nossa expansão internacional”, conta Sissi Freeman, Diretora de Marketing e Vendas da Granado. Fundada em 1870 pelo português José Antônio Coxito Granado, a marca é considerada um patrimônio nacional, tendo entre seus best-sellers o famoso Polvilho Antisséptico, cuja fórmula mantém-se em segredo até hoje na Fundação Oswaldo Cruz. “Estivemos presentes e atuantes em grandes momentos históricos, como a revolução sanitária do Rio de Janeiro, no início do século XX”, relembra a diretora. São 155 anos de história de umas das marcas mais tradicionais do Brasil e com produtos que, apesar de anos, continuam viralizando nas redes sociais. É o caso do sabonete de enxofre, que retomou o sucesso pela sua eficácia para reduzir a oleosidade da pele. Tão viral que fez o produto sair de 100 mil unidades vendidas por mês para 1 milhão. A Granado retomou o sucesso após rebrand em que resgatou sua história e se reconectou com o público por meio dos seus produtos mais icônicos. “Esse movimento resultou em um crescimento expressivo de 24% em 2024, com um faturamento de R$1,3 bilhão e uma forte presença no atacado, no qual 70% das nossas vendas vêm desse canal. Além disso, expandimos nosso portfólio para 766 SKUs, garantindo que a Granado continue relevante e desejada pelo público”, completa. Com dez lojas fora do país e planos de ampliar essas unidades, Sisse revela que todo esse movimento da marca a fez ganhar relevância e orgulho dos brasileiros. “A expansão internacional da Granado se consolidou como um grande case global, sem que a gente perdesse as próprias raízes, levando o que há de melhor do Brasil para o exterior.” Há cinco anos a marca lançou sua linha de perfumaria e o sucesso veio rápido: hoje, corresponde a cerca de 30% das vendas da Granado. Num país de dimensões continentais, a marca possui 101 lojas próprias no Brasil e mais de 2,5 mil pontos de venda no atacado. “Para 2025, planejamos abrir oito novas lojas próprias no Brasil, totalizando 109 unidades. Teremos três pontos de venda em Madrid e um em Barcelona, consolidando ainda mais nossa presença na Europa”, termina Sissi Freeman. 

FOTO: Divulgação Granado

Grupo Iguatemi: experiência em moda e lifestyle

 Ao longo dos últimos quase 60 anos, o grupo Iguatemi foi responsável por mudar a maneira como os brasileiros compram e enxergam a moda. O primeiro shopping do Brasil mudou costumes e virou ícone de sofisticação e luxo no País. Reconhecido como uma das principais empresas de full service do mundo, o grupo esteve presente em grandes momentos da história dos brasileiros. São 16 shoppings nas principais cidades do país, com as principais marcas de luxo. “Ao longo desse tempo nós procuramos responder a essa demanda buscando novidades e fortalecendo a conexão com os nossos clientes, sempre acompanhando a evolução da sociedade por meio da inovação, curadoria e um portfólio altamente qualificado. Alguns marcos que exemplificam o posicionamento da Iguatemi são as chegadas das marcas Loewe, Moncler e Le Labo, de forma inédita no Brasil”, adianta Satomi Nanba, Diretora de Mix, Varejo e Relacionamento da Iguatemi S.A. Fechando o ano de 2024 com receita líquida ajustada, totalizou R$323,7 milhões, com expansão de 7,3%. A Iguatemi é uma das principais incentivadoras da moda nacional, trazendo para seu catálogo marcas internacionais importantes e abrindo espaço para as brasileiras, uma forma interessante de colocar o consumidor brasileiro na mira de investidores de fora. “Os nossos shoppings se tornam hubs que conectam os mais variados estilos, garantindo que cada cliente tenha uma experiência única e personalizada, tanto no ambiente físico como no online”, conta Satomi. Com 97,7% de suas lojas ocupadas, e um crescimento de 93,3% em relação a 2023, a marca passa a ser um polo de lifestyle, com eventos de gastronomia, palestras e exposições, que levam o público a vivenciar experiências para além das lojas. Em 2026, a marca anuncia novidades importantes para a comemoração dos seus 60 anos, como um teatro, rooftop, novas lojas de grife e restaurantes, visando deixar a experiência Iguatemi ainda mais completa.

FOTO: Divulgação/ Paschoal Rodriguez

Hering: básico dos brasileiros

Há 145 anos no guarda roupas do Brasileiro, e reconhecida por suas camisetas brancas de algodão básicas e que combinam com tudo, a Cia. Hering é daquelas marcas que ajudaram a construir o estilo dos brasileiros. “Tivemos um papel essencial na construção da indústria da moda no Brasil. Investimos na profissionalização da cadeia têxtil, criando processos eficientes de produção e distribuição, além de fortalecer a economia local ao trabalhar com parceiros nacionais”, conta Thiago Hering, CEO da Cia. Hering, e representante da sexta geração da família à frente dos negócios. Com mais de 750 lojas no país, a marca está presente em mais de 10 mil pontos de vendas. “Poucas empresas no Brasil tem essa longevidade, e acredito que nosso segredo está na capacidade de evoluir sem perder nossa essência. Essa conexão nos permitiu atravessar gerações, sempre oferecendo peças que prezam por qualidade, conforto e identidade”, destaca Thiago. Só para se ter uma ideia, a marca possui em sua base de dados mais de 11 milhões de CPFs cadastrados, sendo mais de 4 milhões de clientes ativos, com compras realizadas nos últimos 12 meses, conectando-se assim a todas as regiões do Brasil, mostrando que o seu DNA é nacional. A marca ganhou novos ares em 2021, com sua aquisição pelo grupo Soma e, em 2024, estava entre as marcas da fusão do grupo com o Arezzo Co., formando a Azzas 2154, negócio que possibilitou abertura de lojas maiores e uma linha esportiva lançada no ano passado. As novas megalojas têm entre 400 e 600 metros quadrados e permitem com que o consumidor tenha um contato mais completo com o portfólio da marca. “O consumidor quer se identificar com a marca, e nossa missão é continuar construindo essa relação de proximidade e pertencimento. Recentemente, lançamos o novo projeto de lojas da Hering, chamado Cobogó, que vem da estratégia de fortalecer o varejo físico como um espaço de experiência e desejo aos consumidores”, reflete Thiago.

FOTO: Divulgação Hering

Grupo Santista: gigante têxtil

Há quase 100 anos ela está presente na casa dos brasileiros, seja pelos jeans ou dos uniformes dos trabalhadores. A principal têxtil brasileira esteve presente em fatos importantes da nossa história e acompanhou de perto todas as mudanças do país. “Nós fabricamos os uniformes do exército brasileiro desde o início. As mulheres começaram a trabalhar na empresa quando o mercado de trabalho ainda era dominado pelos homens, vimos gerações e gerações usarem nossas peças, isso é um orgulho para nós”, conta Gilberto Mestriner Stocche, presidente da Santista Textil. Nascida no bairro do Tatuapé, em São Paulo (conhecida como Fábrica de Tecidos Tatuapé), já produziu diversos tipos de tecidos que permeiam por toda a indústria nacional como: sacos para embalar farinha, lãs para tricô, casimira, entre outros. Porém, a grande virada veio em 1975, quando passou a fabricar denim. “Nós passamos por diversas mudanças ao longo dos anos, mas sempre tivemos o denim e os uniformes como nosso principal produto”, diz Stoche. Com duas fábricas, uma em Americana e outra em Tatuí, no estado de São Paulo, a Santista foi responsável por criar o tecido com repelente na época em que o país foi assolado pelo pesadelo do vírus Zika, atualmente adotado nos uniformes dos soldados do exército brasileiro. “Falamos de sustentabilidade muito antes desse tema virar pilar na indústria, é um orgulho enorme desenvolver projetos inovadores que prezam pelo nosso futuro”, enfatiza Stoche.

FOTO: Divulgação Santista Têxtil

Dakota: passos à frente

Há 50 anos o Grupo Dakota é um dos principais fabricantes de sapatos do país, sendo uma das líderes do setor calçadista. “A extensão territorial do Brasil exige um portfólio dinâmico e abrangente. Precisamos considerar as diferenças climáticas entre as diversas regiões e acompanhar o comportamento de compra, que hoje é marcado por um desejo crescente por novidades”, resumem Marcelo Lehnen e Denise Lehnen, CEO’s da Dakota. Com sete marcas próprias no seu portfólio, conta com três fábricas no Rio Grande do Sul, Ceará e Sergipe, nas quais são produzidos milhões de pares de sapatos. Num mercado que cresce a cada ano, só em 2023 foram produzidos 896,8 milhões de pares de calçados, dos quais 97,4 milhões destinados à exportação. O Grupo sofre com a concorrência chinesa, mas aposta em pilares importantes para manter-se relevante e atraente aos jovens, que hoje buscam por experiência de consumo. “Contamos com equipes especializadas em criação, desenvolvimento técnico, vendas e marketing dedicadas exclusivamente a cada marca”, concluem Marcelo e Denise Lehnen.

FOTO: Divulgação Dakota

_________
POR Mariana Gallo
FOTO: Daniel Cancini
FOTOS: Daniel Cancini (Havaianas), Divulgação Granado, Divulgação/ Paschoal Rodriguez, Divulgação Hering, Divulgação Santista Têxtil e Divulgação Dakota

Compartilhar
GoWhere

É proibida a reprodução total ou parcial deste website, em qualquer meio de comunicação, sem prévia autorização.

Sobre a GoWhere

  • Institucional
  • Assine a GoWhere
  • Anuncie
  • Download App
  • Revistas Customizadas
  • Siga a GoWhere

Assine

  • GoWhere Lifestyle
  • GoWhere Gastronomia
  • GoWhere Business

Onde estamos?

Alameda dos Jurupis, 1005
1º andar - Moema - São Paulo
CEP: 04088-003
Tel.: (11) 97094-1911

Todos os direitos reservados. Produzido por StoryBrand.