Compras feitas por e-commerce crescem 81% durante o período de isolamento social
Definitivamente, os hábitos dos consumidores mudaram durante essa quarentena. Segundo o Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado, o e-commerce brasileiro faturou R$ 9,4 bilhões em abril, ou seja, 81% a mais do que o mesmo período do ano passado. E esse índice só tende a crescer. Afinal, por conta do distanciamento social, as pessoas estão ficando mais tempo em casa e restringindo, ao máximo, fazer as compras de supermercado pessoalmente. Além disso, com o fechamento das lojas que não vendem itens de necessidades básicas, como roupas, maquiagem e brinquedos, por exemplo, a clientela também teve de migrar para o e-commerce.
Uma área que cresceu bastante, além do setor de alimentos, foi a de saúde. De acordo com um estudo realizado Compre&Confie, as vendas virtuais de produtos de saúde aumentaram 124%.
De acordo com o professor de Gestão do E-Commerce e Sistemas Logísticos do Centro Universitário Internacional Uninter, Luciano Furtado Francisco, sai na frente a loja que já tem familiaridade com vendas on-line. ‘‘As lojas virtuais que podem sair ganhando são aquelas que já faziam um trabalho de marketing eficiente. Em tempos de pandemia, elas podem fazer promoções para manter ou aumentar o fluxo de caixa, o que é fundamental para atravessar a crise. Os aplicativos de delivery, por exemplo, vêm experimentando um grande crescimento desde o fim de março deste ano’’, explica o especialista.
Confira, agora, algumas dicas do professor Luciano Furtado Francisco para fazer suas compras on-line com segurança:
* Verificar na própria internet se a loja é idônea por meio de comentários de outras pessoas (redes sociais), notícias na imprensa e em sites de avaliação de empresas, como o Reclame Aqui (https://www.reclameaqui.com.br/) e Ebit (https://www.ebit.com.br/). Em casos de sites como Mercado Livre, verificar a reputação do vendedor na plataforma. O Procon do Estado de São Paulo também possui uma lista de lojas virtuais a se evitar em https://sistemas.procon.sp.gov.br/evitesite/list/evitesites.php
* Checar se as páginas têm certificados eletrônicos de seguranças. Para isso, observar se o site (especialmente a página de cadastro do cliente e a página de pagamento) tem a letra “S” depois do HTTP no endereço (HTTPS). Fraudadores não implementam certificados de segurança nos seus sites. Verificar também se existe um cadeado ou o certificado colorido em verde na barra de endereços do navegador. Para evitar carregar páginas sem o certificado, é recomendado também desabilitar bloqueadores de pop-ups
* Lojas virtuais sérias praticam preços na média do mercado e têm vários meios de pagamento. Deve-se desconfiar de lojas que aceitam somente boleto e cujos preços sejam muito baixos
* Evitar acessar links de promoções recebidos por e-mail, mensagem de WhatsApp ou de redes sociais. Em vez disso, acessar o site da loja no navegador e certificar-se da oferta dentro da loja.
Da Redação