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Mapa das borbulhas

Mapa das Borbulhas

Prosecco, espumante ou champagne? Em época de festas, eles são as bebidas oficiais das celebrações e, para não errar, conheça a origem desses vinhos festeiros

Por: Shirley Legnani

Diferentemente do que muita gente pensa, nem todo vinho que borbulha é champag-ne  – este só pode ser denominado assim se for produzido na região francesa de mesmo nome, onde estão os icônicos Chateaux produtores de uma das bebidas mais famosas do mundo. “Grande parte dos vinhos espumantes reconhecidos mundialmente carregam a denominação de origem em seu nome. Champagne, por exemplo, é um dos casos mais famosos, às vezes gerando confusão quando as pessoas se referem aos vinhos espuman-tes de outras regiões como “champagne”. Essa é uma denominação que só pode ser utilizada para vinhos espumantes produzidos na região de Champagne, mais ao norte da França, com a utilização das uvas Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier. Este tema é bastante complexo já que a denominação de Champagne é extremamente rígida quanto às normas de elaboração, garantindo a constante qualidade que já atravessa séculos”, explica Gabriele Frizon, sommeliére do restaurante Arola Vintetres.

Cava/ Espanha

“A denominação Cava é utilizada para os vinhos espumantes provenientes da região nordeste da Espanha, Catalunha. E 90% dos Cavas provêm de Sant Sadurní d’Anoia, em Penedès. O Cava é hoje o segundo espumante mais vendido do mundo, depois do Champagne. Elaborado pelo método tradicional, utiliza as seguintes uvas: Parellada, Xare-lo, Macabeo, Chardonnay, Garnacha, Trepat e PinotNoir”.

Prosecco/Itália

Outra denominação que causa muita confusão é a do Prosecco, oriundo do nordeste da Itália, na região do Vêneto. “Prosecco se refere tanto à denominação como a uva, que teve o nome alterado para Glera
em agosto de 2009. É um estilo de vinho espumante fresco e próprio para o verão, quando não se espera grande complexidade, elaborado em tanque”, diz Gabriele. A seguir, ela faz o mapeamento dos vinhos borbulhantes.

“Ainda na Itália, na região Norte, está a Lombardia e esta possui desde 1995 uma DOCG chamada Franciacorta – vinhos espumantes de maior complexidade e alta qualidade, muitas vezes podendo ser comparados aos grandes Champagnes elaborados a partir das uvas Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Bianco, utilizando o método tradicional com a segunda fermentação em garrafa”.

Espumantes/Brasil

É chamado de espumante (ou sparkling wine) todo vinho que sofre duas fermentações naturais. A primeira é a fermentação alcoólica, comum a todos os vinhos, que transforma o açúcar da uva em álcool e que ocorre em tanques ou barris de carvalho. A segunda, onde o espumante adquire a efervescência, tanto pode ocorrer em tanques de aço inox pressurizados (método Charmat) como pode ser feita na própria garrafa (método Champenoise ou tradicional/clássico).

“Sou fã dos espumantes brasileiros que vêm recebendo reconhecimento tanto do mercado interno quanto do externo. E isso somente comprova o que muitas pessoas sempre disseram em relação ao Brasil: que nós temos grande potencial de produção para espumantes”.

Frisantes

O vinho frisante tem menor nível de gás carbônico em relação ao espumante, sendo menos gaseificado

e com menos espuma. Isso ocorre porque sua fermentação é feita sem vinho base e o método de obtenção das bolhas pode ser tanto natural como artificial. Existem ainda outras denominações para esses vinhos, como Asti, Lambrusco, Sekt e Crémant, que variam completamente de estilo, região, uvas e
métodos de elaboração citados anteriormente.

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