O conceito de exclusividade da grife vai muito além do produto artesanal, composto por 40 itens de coleção, com produção limitada de cinco ou seis unidades por modelo, tudo desenvolvido com materiais importados da Itália e da Malásia. Funcionando a portas fechadas, com atendimento semelhante a de uma joalheria, a clientela precisa marcar hora para receber um serviço pra lá de personalizado.
Birman detalha o nível de exclusividade de seus sapatos: “Nossas criações incorporam cetim de seda importado, couro de vitelo e camurça de cabra. A numeração dos sapatos tem meio ponto e fazemos peças sob medida. E possível escolher a cor, mesmo que não tenha na prateleira, e substituir o píton por um tecido ou outro material. A cliente sai com um produto de luxo totalmente exclusivo”.
Vale lembrar que a relação do empresário-designer com a criação de sapatos vem de longa data. Filho de Anderson Birman, fundador do grupo Arezzo, o mineiro começou a trabalhar na empresa da família ainda na pré adolescência e com apenas 19 anos acabou criando e gerenciando com sucesso sua própria marca, a Schutz – atualmente com nove lojas próprias, 40 pontos de venda no exterior e mais de 500 no Brasil.
Hoje as três labels fazem parte de uma holding, a Tarpon All Equities, que detém 25% da Arezzo S.A., que, por sua vez, detém as marcas AB, Schutz e Arezzo.
Nesse cenário, Birman também exerce a função de vice-presidente do Grupo Arezzo.
Só para se ter uma ideia do prestígio da grife AB no exterior, em dezembro de 2009 Birman recebeu em Nova York o The Vivian Infantino Emerging Talent Award, categoria que premia os novos talentos da indústria calçadista do respeitado Footwear News Achievement Awards, que, entre outros designers, já laureou Manolo Blahnik e Giuseppe Zanotti.
A grife de Alexandre Birman também já conquistou espaço em lojas renomadas, como Neiman Marcus, Bergdorf Goodman e Sak’s em Nova York, Printemps e Brow’s em Londres, além de estar presente em espaços de luxo de Paris e Dubai.
“Aposto no crescimento da AB no Brasil e exterior, quero ver cada vez mais mulheres desfilando com as minhas criações. Trabalho para fazer história com meus sapatos e chegar ao nível de gênios como Christian Louboutin e Roger Vivier”, finaliza o empresário.