Go Where – Lifestyle e Gastronomia

Coworking: Dividir para crescer

Profissionais que descobriram no Coworking uma nova forma vantajosa de ocupar um espaço de trabalho. O segmento cresce de forma significativa todos os anos
Por Fernanda Dragone

Coworking - Go'Where Business

Com salas privativas e de reuniões, lounges e infraestrutura completa de serviços, a Regus tem atraído cada vez mais clientes

Abrir uma empresa, na prática, é quase sempre algo muito mais complicado do que se imagina. Escolher o local, contratar funcionários, decidir qual o melhor pacote de serviços, entre outros tantos detalhes. Além
da dor de cabeça que tudo isso pode causar, outra desvantagem de se ter o próprio espaço é o gasto elevado que pesa no bolso do empreendedor, todo mês. Com o mercado imobiliário aquecido, e no sentido de viabilizar
o nascimento da empresa e seu crescimento rápido, os coworkings – ou seja, os espaços compartilhados de trabalho – se tornaram a solução perfeita para muitos profissionais. Após eles se tornarem tendência em cidades como Nova York e Barcelona, o Brasil também se rendeu aos escritórios compartilhados, e o número de unidades aumenta mensalmente, há cinco anos. Os espaços compartilhados trouxeram duas inovações para o mercado empresarial. A primeira foi o endereço múltiplo. A segunda foi a utilização de espaço e infraestrutura de escritório por demanda, ambas com base na ideia de compartilhamento.

Os escritórios virtuais por custo mínimo, não mais do que 10% ou 5% da opção convencional, cedem o direito de uso do seu endereço, para o registro da empresa e coloca à disposição todos os serviços de um escritório pronto para usar. “O registro formaliza o negócio na Junta Comercial, CNPJ e Inscrição Municipal. A empresa está em condições de emitir notas fiscais, ter conta-corrente bancária em nome da pessoa jurídica e demais vantagens de estar na economia formal”, explica José Amaro, diretor da Associação Nacional dos Centros de Negócios e Escritórios Virtuais – ANCNEV.

Outra grande vantagem desses espaços é o benefício de se fazer contratos a curto prazo. Cada prestador de serviço, independentemente de sua área de atuação, pode alugar o escritório por apenas um mês, se for o
caso. Não é apenas isso que tem chamado a atenção dos profissionais interessados nos coworkings. Fatores como infraestrutura completa, com sala de reunião, linha telefônica, internet, secretária bilíngue, endereço fixo para correspondência e valores inferiores aos pagos por um aluguel, em edifícios localizados em pontos estratégicos de São Paulo, como a Av. Paulista, Av. Faria Lima e Av. Juscelino Kubitscheck, são fundamentais para a
decisão de se tornar um coworker. “O custo-benefício, principalmente para quem está começando, não tem comparação. Além disso, é possível escolher o espaço que melhor se adapta às necessidades do contratante.
Ele pode optar por mesas compartilhadas ou salas particulares para uma ou mais pessoas”, afirma o diretor de área, Otávio Cavalcanti, da Regus (SP).

Eles são a maioria

Há diferentes tipos de prestadores de serviços interessados em compartilhar o mesmo espaço, mas, segundo os empresários envolvidos no negócio, os jovens profissionais liberais, entre 26 e 35 anos de idade, representam 40% dos clientes. Publicitários, arquitetos, designers são ainda os que mais procuram esse tipo de endereço. E o que para alguns pode ser uma desvantagem, para outros pode ser uma oportunidade de novos negócios. “Alguns reclamam que o vai e vem de pessoas atrapalha concentração. Já outros enxergam a oportunidade de fazer network, gerando novas oportunidades de negócios”, diz o empresário Arnaldo Kochen.

Ainda segundo um estudo feito pela Regus, a maioria dos brasileiros entrevistados acredita que o trabalho flexível é uma medida fundamental para alcançar maior produtividade. Esse resultado confirma que, em qualquer conjuntura econômica, mas sobretudo em tempos de alta volatilidade do mercado, as empresas continuam a rever suas estratégias para alcançar maior eficiência e produtividade.

Essa última pesquisa, que colheu a opinião de mais de 20 mil executivos sêniores e empresários em 95 países, mergulhou fundo no tema e descobriu que os empresários acreditam que o trabalho flexível não só ajuda a melhorar a produtividade dos funcionários, reduzindo o espaço de escritório subutilizado e os deslocamentos, como também ajuda os trabalhadores a se tornarem mais eficientes. Os entrevistados relataram, por exemplo, que o trabalho flexível incentiva um maior senso de responsabilidade e promove a criatividade e uma melhor tomada de decisão.

De olho no mercado

Em novembro, o bairro paulistano da Chácara Santo Antônio irá receber um dos maiores empreendimentos de coworking da capital. Serão 5 mil m² com capacidade para 500 profissionais e com espaços que
vão muito além da infraestrutura já oferecida pela maioria dos espaços compartilhados. “Teremos alguns diferencias que não se encontram em outros escritórios compartilhados, como amplo estacionamento para os
coworkers e seus clientes, auditório para palestras e apresentações, restaurante, espaço de lazer com churrasqueira, petshop ao qual se poderá levar os animais de estimação para passar o dia e galpões para que se
possa guardar mercadorias”, revela Arnaldo Kochen, um dos empreendedores do negócio.

Para escolher o melhor espaço compartilhado para se trabalhar, o empresário também dá algumas dicas como localidade, fácil acesso a estacionamento pelos clientes e que seja próximo a centros comerciais e locais para alimentação.

Sair da versão mobile