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Montblanc premia Mambembe

Laís Bodansky & Luiz Bolognesi, do Cine Mambembe, são os vencedores do prestigiado prêmio Montblanc de la Culture Arts Patronage

Lais e AlainO Teatro Renaissance de São Paulo foi o palco escolhido pela Montblanc para celebrar o 25º aniversário do “Montblanc de la Culture Arts Patronage”, uma premiação que reconhece o trabalho e as contribuições dos patronos das artes atuais desde 1992. Entregue pela primeira vez no Brasil, Laís Bodansky & Luiz Bolognesi, foram premiados pela criação do Cine Mambembe, projeto itinerante que tem tornado o cinema e a produção audiovisual acessível a plateias carentes de todo o país. Iniciado em 1996, com uma Saveiro carregada com um projetor de 16 mm, uma tela desmontável, um gerador e 12 curtas-metragens, este cinema “mambembe” viaja pelos subúrbios e periferias, de cidade em cidade, exibindo filmes gratuitamente para plateias que pouquíssimo ou nunca tiveram uma experiência cinematográfica na vida. E também oferecendo oficinas de audiovisual a fim de proporcionar os primeiros passos para que este mesmo público pudesse descobrir esta forma de se expressar.

O projeto do Cine Mambembe foi escolhido entre 40 trabalhos inscritos por um júri internacional, com a participação do Embaixador da Montblanc no Brasil, Rodrigo Santoro, da educadora Patrícia Rousseaux e o diretor do Teatro São Pedro, Paulo Esper. O Manager Director da Montblanc Brasil, Alain dos Santos, recebeu os convidados, o júri e os vencedores, que ganharam como prêmio o troféu, uma caneta-tinteiro Montblanc de edição limitada e um cheque de 15 mil Euros.

 

Antes da cerimônia de premiação, os convidados participaram de um coquetel no átrio do teatro, onde puderam conhecer a caneta “Patrono das Artes Edição 2016”, dedicada a Peggy Guggenheim, defensora das artes e uma das maiores colecionadoras de seu tempo, ao lado do cobiçado troféu.

 

A cerimônia de premiação foi marcada por homenagens e muita emoção. Por se tratar da primeira edição brasileira do prêmio, a classe cultural e a equipe Montblanc estavam extremamente felizes em fazerem parte desta importante iniciativa da grife de suportar quem promove a cultura local que acontece em 16 países. “É uma grande honra trazer o prêmio Montblanc de la Culture Arts Patronage para o Brasil. Ele representa a contribuição da Montblanc tanto para lançar luz sobre iniciativas culturais tão importantes como para apoiar financeiramente a sua continuidade. É ainda um reconhecimento a pessoas que doam seu tempo, dinheiro e esforços para promover a arte e a cultura nos dias atuais, tornando-as mais acessíveis a um público mais amplo”, destacou Alain dos Santos.

 

Antonio Grassi (Inhotim), Alain dos Santos, Laís Bodansky e o maestro João Carlos Martins

Laís Bodansky subiu ao palco e agradeceu o prêmio com um discurso contundente. “Ficamos tocados por terem notado a complexidade e importância de um projeto que nasceu tão pequeno e cresceu de forma robusta ao longo dos anos, saindo de nossas mãos e ganhando vida própria. Mais de um milhão de pessoas foram beneficiadas diretamente com este projeto e muitos deles entraram para o mercado de trabalho audiovisual. Ter o trabalho de todos os envolvidos e beneficiados reconhecidos pelo Prêmio Montblanc é um coroamento de tanto esforço, que nem sempre é reconhecido e valorizado. É uma forma de nos dar consciência da importância de nossos atos e nos estimular a dar mais passos nesta direção”.

 
O projeto Cine Mambembe concorreu com a Orquestra Filarmônica Bachiana e Bachiana Jovem, do maestro João Carlos Martins, e o Projeto Inhotim, de Bernardo Paz. O maestro João Carlos Martins, considerado um dos maiores intérpretes de Bach da história, foi a surpresa da noite. Mesmo não tendo ganhado o prêmio e acometido por severos problemas nas mãos que praticamente o “impedem” de tocar, ele assumiu o piano no palco e convocou seu quinteto para brindar os convidados com uma apresentação comovente, que incluiu Cinema Paradiso, de Ennio Morricone, e Trem das Onze, de Adoniran Barbosa, que fechou a noite homenageando a primeira edição brasileira – e paulistana – do prêmio Montblanc.

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