Go Where – Lifestyle e Gastronomia

Salve Flávia

Uma das mais belas atrizes da atualidade, Flávia Alessandra se prepara para estrear a próxima novela global das nove, Salve Jorge, na pele de uma tenente veterinária do Exército. Bela, magra e loiríssima, ela veio a São Paulo para dar esta entrevista e revelou tudo sobre sua nova personagem. Mais do que isso, falou sobre família, beleza e os maiores desafios de sua carreira. O que poderia ser melhor para uma edição de aniversário? Salve Flávia!

Fotos André Schiliró

Por Lilian Anazetti

Coordenação Sidney Osiro

Estilo Fabricio Miranda (Capa MGT)

Beleza Marcos Proença

Assist. de styling Diego Romero

Por alguns meses, o telespectador da novela Duas Caras, exibida pela Rede Globo em 2007, se deixou embalar pelas curvas perfeitas da atriz Flávia Alessandra no papel de Alzira, uma dançarina de boate. Enquanto subia, descia e girava na barra de pole dance, não havia quem não se admirasse com a precisão de seus movimentos, belas pernas, cintura na medida e tônus muscular impecável. A personagem, que na sinopse não teria destaque, se superou, ganhou espaço na trama e seduziu o País. “Só tive noção do quanto a Alzira estava mexendo com as pessoas quando cheguei de uma viagem num domingo e vi o aeroporto parar, me olhando. A primeira cena dela na boate tinha ido ao ar na sexta-feira e todos pareciam atônitos”, diz Flávia a GoWhere. Superar limites para ir atrás dos sonhos é uma das características mais marcantes dessa atriz carioca, apaixonada por sol, casada com o também ator Otaviano Costa e mãe de duas meninas – Giulia Martins, 12 anos, do casamento com o ator e diretor Marcos Paulo, e Olívia, de 2 anos, com o seu atual marido. Filha de um comandante da Marinha Mercante, Flávia estudou em escola militar e formou-se em Direito. Depois, ainda cursou três anos de Comunicação, mas sua paixão sempre foi outra. “Desde pequena eu sempre quis trabalhar na TV. Minha mãe me apoiava e me levava nos testes para teatro e comerciais. Aos 17 anos, quando prestei vestibular para Direito, eu ainda não tinha contrato com alguma emissora, então meus planos como atriz ficaram meio suspensos. Fiz a faculdade com o objetivo de ter uma profissão, de poder me sustentar e não ficar batendo na tecla de “quero ser atriz a vida inteira”. Foi um plano B”.

O primeiro passo para o sucesso

Em 1989, após passar num concorrido concurso para atores do Domingão do Faustão – quando desbancou Adriana Esteves e Gabriela Duarte – Flávia estreou na novela Top Model e não parou mais. Os desafios aí passaram a ser das personagens. “Até hoje eu tenho o mesmo comportamento do início da minha carreira: eu estudo, leio muito, me preocupo mesmo. Acho que herdei essa disciplina da educação militar que recebi na infância e na adolescência. Sou muito dedicada e ao mesmo tempo ainda tenho as mesmas inseguranças, os mesmos temores, é sempre como se fosse a minha primeira novela”. Com quase 30 trabalhos ao longo da carreira, Flávia destaca as personagens que mais exigiram dela, como a protagonista Lívia, de Porto dos Milagres, Dorothy, de A Indomada, a maquiavélica Cristina, de Alma Gêmea, e a própria Alzira, de Caras e Bocas. “Meus desafios estão sempre ligados às personagens. A Cristina foi um dos mais difíceis, porque era uma vilã e eu estava afastada das novelas há três anos. Foi uma tacada dura, de as pessoas perceberem meu trabalho e gostarem. Ou então, adeus”.

A disciplina do trabalho é a mesma quando o assunto é forma física. A atriz, hoje com 38 anos, está mais bonita do que nunca. Pouco antes de a entrevista começar, confessou que não consegue começar o dia sem um bom café da manhã, com direito a pão francês! E mais: um dos seus maiores prazeres é comer. Por isso, malha, impreterivelmente e sem desculpas, no mínimo três vezes por semana.

“Não conseguiria viver de dieta. Por isso, como de tudo, mas faço ginástica”.

Na próxima novela global das nove, escrita por Glória Perez, a boa forma física da atriz poderá ser vista na personagem Érica, uma tenente veterinária do Exército que se apaixonará pelo personagem de Rodrigo Lombardi, mas que será trocada pela protagonista, interpretada por Nanda Costa. “Meu maior desafio vai ser mostrar que essa militar é humana, que ela finge ser durona, mas é uma manteiga derretida”. Antes de começar o ensaio fotográfico para a capa, Go Where bateu um papo com Flávia enquanto Marcos Proença, o cabeleireiro das estrelas, cuidava das belas madeixas da atriz – que estão mais loiras do que nunca – e da maquiagem.

 

Como será a tenente Érica na nova novela da Glória?

Por ser uma das veterinárias da Cavalaria militar, ela vai ser uma mulher de personalidade forte, mas ao mesmo tempo muito romântica. Só que isso ela não vai demonstrar na frente do regimento. Será uma mulher cheia de ideais, corretíssima, divertida, que ama o que faz, ama os cavalos e o Théo, personagem do Rodrigo Lombardi.

Ela tem alguma característica que se parece com você?

Acho que principalmente o humor, por isso estou adorando fazer.

Como você se prepara para um novo papel?

É um mergulho no universo do novo personagem. Para Salve Jorge, primeiro a gente fez visitas aos regimentos da Cavalaria, depois fomos à Academia Militar das Agulhas Negras e passamos cinco dias lá. Foi uma experiência ótima. Paralelamente, fiz aulas de equitação e com uma veterinária, para entender como examinar, como ter intimidade e se aproximar de um cavalo.

O seu pai é da Marinha, esse universo não é tão distante da sua realidade?

Com meu pai tive essa formação com os rigores; o que pode, o que não pode. Já estava acostumada.

Qual foi a personagem que mais exigiu de você até hoje?

Tenho feito personagens que exigem muito, seja em mergulhos de laboratório ou fisicamente, como foi o caso da Alzira, ou, da própria robô, a Naomi, que tinha um trabalho de corpo superforte. Mas acho que o meu maior desgaste é o emocional e quem exigiu de mim nesse sentido foi a Cristina, de Alma Gêmea.

Sua filha Giulia, de 12 anos, acabou de estrear nos palcos num musical infantil. Como você lida com isso, quais seus conselhos para ela?

Na semana dos testes. eu estava fora e ela foi passando. Foi muito rápido, eu dei os parabéns. Fico feliz e orgulhosa. Na verdade, estou deixando ela amadurecer sobre a ideia de ser atriz, ter essa certeza dentro dela. Mas quando a gente é nova, tem que ir testando. Minha mãe sempre foi uma grande incentivadora ao meu lado e isso contou muito. O que eu digo para a Jujuba é para ela estudar, se dedicar e estar pronta para quando acontecer.

Você é muito crítica, gosta de se assistir?

Eu acho importante, mas não gosto de ver. Espero chegar à plenitude do Marco Nanini, que se viu em cena outro dia e falou “nossa, que legal”! Acho que a maturidade talvez me traga isso, mas, de forma geral, eu sou muito crítica, sempre acho que poderia ter feito melhor.

Entre mocinhas e vilãs, qual você mais gosta?

Eu gosto de fazer bons papéis, mas confesso que estou com saudade de fazer uma boa vilã.

E com relação ao assédio?

A melhor parte é você ser reconhecida por seu trabalho – afinal, a novela faz parte da cultura brasileira. A parte ruim é o plantão dos paparazzi. Fazem um clique, tudo bem, mas há os que ficam seguindo. Outro dia eu estava num restaurante e um paparazzo ficou ali o tempo todo, perdi o apetite.

Como você lida com as questões do dia a dia da mulher moderna, organizar a casa, acompanhar os filhos e ainda estar sempre bonita para o marido?

A gente se vira nos 30 né? Graças a Deus tenho pessoas na minha casa que me ajudam e são fundamentais para eu ir trabalhar tranquila, como a babá que cuidou da minha filha mais velha e ainda está comigo. Tenho um maridão super participativo, o que é muito bom, e meus pais, que são muito próximos e sempre ajudam. Mas consigo fazer um pouco de tudo. Estudo com a mais velha na época das provas, vou com elas ao supermercado para comprar bobagens – só gulodices, só os proibidos (risos) – e até gosto de me aventurar na cozinha de vez em quando.

Você é vaidosa?

Como gosto de comer, malho mesmo. Com relação à pele, meu maior cuidado acaba sendo com o sol, porque moro no Rio, fui criada na beira da praia e gosto de curtir um dia de sol, passear de barco. Quanto ao cabelo, gosto muito de mudar, tenho o Proença que cuida de mim já há algum tempo e confio muito nele. Adoro cabelo curto, adoro mudar, ficar loira, morena, não tenho medo e não sofro nada. Acho que ele sofre mais que eu!

Qual a maior recompensa de ser atriz?

Acho que é poder me sustentar fazendo o que eu mais amo. É essa sensação de ter prazer com o meu trabalho.

Leia essa e outras matérias na Go’Where n° 95

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