Go Where – Lifestyle e Gastronomia

O segredo é ser feliz!

Na telinha, Letícia Spiller interpreta a secretária Gilda. Na telona, ela produz e faz participação especial no filme O casamento de Gorete. Em casa, ela divide a atenção com seus três amores: o filho Pedro, a filha Stella e o marido
Lucas Loureiro. Como ela consegue tudo isso? Sendo feliz!

Fotos Marcelo Faustini
Por Malu Bonetto
Produção Marta Zollinger
Make/Hair Nat Rosa

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Com lindos olhos azuis e muito carisma, Letícia Spiller realizou o sonho de muitas meninas nos anos 90: trabalhou por três anos ao lado da Xuxa como a paquita Pituxa Pastel. Mas foi em 1994, como a manicure Babalu, na novela Quatro
por Quatro, que ela encantou as pessoas com sua beleza exibida em saias bem curtinhas. Hoje, aos 41 anos, seja como a secretária Gilda, na novela Boogie Oogie, ou como produtora do filme O casamento de Gorete, ela mostra que
é mais que um rostinho bonito, afinal soma 14 novelas, 16 filmes e cinco peças de teatro.

 

Como é interpretar a Gilda em Boogie Oogie?

A personagem é uma delícia e acho que, por termos em comum esse lado bem mãezona, as mulheres se identificam muito com ela. Ela também é amorosa, mas, diferente de mim – e esse é um desafio –, ela é uma pessoa mais prática, mais organizada e assume duas funções que eu não assumiria nunca: ser secretária e amante. São realidades bem diferentes da minha e isso é o grande desafio de ser ator: você interpreta pessoas e situações com as quais não tem familiaridade. Também tem o fato de a Gilda ser amante há anos do Fernando (Marco Ricca), que é seu patrão na agência, e ter um filho com ele – é um papel com bastante conflito, o que para mim é muito bom.

 

É uma personagem bem “avançada” para a época…

Sim, é uma personagem para a frente. Teoricamente é independente para a época, já que trabalha desde muito jovem, se envolveu com o patrão, mas continuou trabalhando para ele e criou o filho sozinha.

 

Sua personagem está envolvida em um novo triângulo amoroso. Você perdoaria uma traição?

Tanto a Gilda quanto o Mário (Guilherme Fontes) estão frustrados nas suas relações, ela vive uma solidão muito grande e ele tem um casamento desgastado. Acho que para perdoar uma traição precisa muito valer a pena, depende do quanto você ama a outra pessoa, o que construiu com ela. Se no meu caso valesse a pena, eu perdoaria, sim.

 

O que você gostaria que acontecesse com ela?

Eu torço para que ela encontre uma boa pessoa e que continue sendo batalhadora, uma mulher que trabalha, que luta por seus direitos. Ela tem um filho com o Fernando e ele já deixou bem claro que não quer assumir esse filho, ele
está dando um respaldo para o menino realizar o sonho, mas com o interesse que ele vá morar no exterior, bem longe e que não atrapalhe mais a vida dele. Eu acharia divertido se as três mulheres (a esposa e as duas amantes) se unissem
contra ele, estilo Quatro por Quatro.

 

Ano passado você estava no ar em Joia Rara, que também era uma novela de época. É gostoso fazer esse tipo de trabalho?

Eu gosto muito de fazer novela de época, mas a caracterização sempre dá trabalho. É preciso colocar bobes no cabelo e as mulheres dormiam com eles para dar um movimento no cabelo. Mas confesso que já estou vislumbrando um trabalho em que eu não precise colocá-los.

 

Apesar de você ter interpretado a Babalu, em Quatro por Quatro, há 20 anos, podemos dizer que é um personagem inesquecível?

É engraçado, até hoje sou chamada de Babalu na rua. Acho que a personagem fez sucesso por ser uma manicure engraçada, batalhadora e divertida. Ela tinha apelo popular e era muito diferente de tudo, deu um trabalhão compor o personagem, o jeito de andar, de falar.

 

Na década de 90, todas as meninas queriam ser paquita e você foi a Pituxa Pastel. Foi a realização de um sonho?

A minha prioridade era trabalhar e ter minha independência, tanto que eu já havia deixado meu currículo em algumas lojas para trabalhar como vendedora. Eu vi na oportunidade de ser paquita a possibilidade de juntar o útil ao agradável e ir trabalhar no meio artístico, mesmo porque eu já fazia teatro amador na escola. Foram quase três anos de um trabalho bem difícil, mas bem gostoso.

 

Como a paquita se tornou atriz?

Fiz uma pequena participação no núcleo jovem de uma novela, depois fiz algumas peças de teatro, oficina de atores da Globo e lá me chamaram para fazer a Babalu.

 

 

 

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