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O que Silvio Santos nos ensinou sobre comunicação estratégica positiva

Agosto marca celebrações importantes para o universo da comunicação — e nos convida a uma reflexão rara, mas necessária: por que cultivar a Comunicação Estratégica Positiva é fundamental dentro de qualquer ambiente, seja organizacional ou familiar? Mais do que um conceito, trata-se de uma escolha intencional que molda relações, direciona negócios, fortalece equipes e promove saúde mental. Por isso iniciei o texto com celebração. O SBT completa 44 anos neste mês e eu não poderia deixar de parabenizar a emissora que nos ensinou a sonhar. Silvio Santos nos ensinou muito sobre todos os dias manter uma comunicação estratégica positiva, fosse com seus colaboradores, familiares e principalmente seu público. Ele foi mestre em fazer da comunicação positiva a sua melhor arte. E por isso sim, devemos trazer para consciência esta forma de nos comunicarmos, por mais que tenhamos dias difíceis. A própria neurociência nos dá exemplos de como podemos modificar nossa neuroplasticidade neural com afirmações positivas.

Comunicação Estratégica Positiva não é apenas transmitir boas notícias ou suavizar adversidades. É construir senso coletivo, clareza e propósito, transformando desafios em oportunidades de conexão. Trazer entendimento da realidade dos fatos e da vida. Trata-se de criar espaços em que as pessoas se sintam ouvidas, valorizadas, capazes de contribuir com ideias e sentir-se pertencentes ao todo. Essa abordagem, centrada na empatia, no acolhimento e na assertividade, previne conflitos desnecessários e alavanca a colaboração — combustível essencial para inovação e longevidade de carreiras e projetos.

Há um pilar muitas vezes negligenciado nessa jornada: a importância de saber dizer não. A negação, quando fundamentada no respeito e no alinhamento com valores e propósitos, é um exercício de responsabilidade e maturidade. É sobre estar alinhado com seus valores internos e não externos. Dizer não evita desgastes, estabelece limites saudáveis e protege a integridade dos envolvidos. Em ambientes corporativos, especialmente, o “não” construtivo sustenta negociações éticas, evita sobrecarga e fomenta uma cultura de confiança.

Como jornalista e estrategista de comunicação, vejo diariamente os impactos quando colocamos o ser humano — com suas vulnerabilidades e talentos — no centro da mensagem. O exercício da Comunicação Estratégica Positiva reflete uma liderança consciente, capaz de orientar, inspirar e, ao mesmo tempo, dialogar com franqueza sobre erros, aprendizados e expectativas reais. E, sim, você terá que dizer “não”. Mas sem grosseria, pois se você já entende como sua mente funciona, sabe que ser positivo não tem a ver com ficar rindo de tudo, bem pelo contrário. É ter a responsabilidade de saber que a comunicação é sua. Em tempos de excesso de informações e cobranças, ampliar o espaço para conversas abertas e assertivas é mais que diferencial: é necessidade. Isso implica, também, valorizar pausas, celebrar pequenas vitórias e estimular um feedback que construa, e não destrua. Os melhores ambientes são, invariavelmente, aqueles onde as pessoas sentem-se seguras para concordar, discordar e contribuir — inclusive dizendo “não” quando preciso —, tudo isso revestido de respeito e gentileza.

Que a passagem do mais incrível comunicador do mundo por aqui, renove o compromisso de todos nós com a Comunicação Estratégica Positiva, pois como comunicador nato, ele sabia que era na construção de sonhos que vive o verdadeiro Cocriador. Que possamos seguir construindo realidades mais saudáveis, inclusivas e colaborativas, onde o diálogo honesto transforma não só empresas, mas a própria sociedade. Esse é o segredo do impacto genuíno da comunicação: conectar, inspirar, transformar.

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FOTO: AdobeStock

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