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O jornalista e apresentador Cesar Filho estreia no comando do SBT Brasil

FOTO: Daniel Cancini

Quem o vê pessoalmente, em forma física exuberante, chega a duvidar de seus dados biográficos oficiais, segundo os quais, Cesar Filho já tem 43 anos de carreira, pois estreou na TV em 1980, aos 20 anos. Marcante por sua voz respeitável, reconhecida já nas primeiras palavras, seja no jornalismo radiofônico e televisivo, seja no entretenimento e na teledramaturgia, ele encara mais um desafio em sua brilhante carreira: estreou no comando exclusivo do “SBT Brasil”, às 19h45. Em abril de 2025 ele e Elaine Mickely completam Bodas de Prata de casamento – com dois filhos adultos (Luma e Luigi, de 23 e 20 anos, respectivamente) e ainda com fisionomia de recém-casados.

Como foi a reestreia no SBT?

Gosto de ter desafios pela frente. Já apresentei muitos telejornais e já migrei para vários programas de entretenimento nesses 43 anos de carreira. É uma grande responsabilidade comandar um horário nobre no SBT, um jornal com grande destaque na programação noturna da TV brasileira. Isso me atraiu. E me emocionei ao retornar ao SBT na sede da Anhanguera. Construí um estúdio aqui em casa. Imagino como foi construir uma TV como o SBT. Sou admirador de Silvio.

Qual é o formato do SBT Brasil?

Um jornal diferente do que as pessoas estão acostumadas a ver nesse horário, mais informal, mais solto, com muita tecnologia, um cenário lindo como nunca vi. Vai deixar o apresentador muito mais próximo do espectador do que no formato tradicional, o da bancada com gravata. Um jornal mais conversado do que noticiado.

Como foi essa citada estreia na TV, há 43 anos, aliás, com a mesma cara de hoje…

Fui ao ar pela primeira vez na vida no “Record em Notícias”, que era apelidado pejorativamente de Jornal da Tosse, porque só tinha veteranos comentando, como Helio Ansaldo, Murilo Antunes Alves, Aurélio Campos, Padre Godinho. Uma galera muito experiente. E eu, aos 20 anos.

Quem o vê com essa vitalidade toda não acredita que você já tenha 43 anos de carreira. Como foi a evolução?

Como toda carreira, tive altos e baixos. Cheguei a ficar nove anos fora do ar, num vácuo terrível para a televisão, ainda com contratos de publicidade e sempre presente no rádio. Foi o Silvio Santos que me trouxe de volta pela primeira vez, em 2005, daí essa aliança de gratidão. Cheguei a dizer a ele no Teleton: “Espero um dia poder pagar essa dívida que tenho com você”. Saí do SBT em 2014, e retorno agora, sob a aprovação de Silvio. E espero estar com ele brevemente para agradecer.

Você chegou a atuar em novelas na Globo e comandar revistas televisivas, como “TV Mulher” e “Fantástico”. Mas o jornalismo é o gênero que mais o atrai?

Sim, o que mais fiz até hoje foi jornalismo. Mesmo nessas revistas citadas, o jornalismo veio junto. Hoje a TV substitui o que foi o rádio, como mídia instantânea, em qualquer lugar do mundo. Hoje a pessoa busca na TV a notícia quente naquela hora.

A pergunta é óbvia: herdou esse impulso jornalístico de seu pai?

Meu pai foi radialista, quando se fazia de tudo no rádio, como eu também tentei. Meu pai fez radionovelas e programas de música, transmitiu futebol, um tempo diferente. Ele chegou a ter vários nomes artísticos, para não parecer ao ouvinte que a mesma pessoa fazia tudo.

FOTO: Daniel Cancini

Curiosidade: você herdou de seu pai um nome de batismo que só os íntimos conhecem: Luiz Gonzaga Cesar Filho. Quando surgiu o Cesar Filho?

Fui ao ar pela primeira vez no rádio pela Jovem Pan (1980) fazendo reportagens de esportes no “Jornal de Esportes” e foi o Cândido Garcia, de quem eu era fã, que decretou: Cesar Filho é seu nome. Aí ficou.

A voz é uma herança genética, certamente…

Meu pai era um vozeirão tipo Cid Moreira. A minha não era tão grave. Tive muitas inspirações. Quando criança, eu já ouvia rádio. Admirava locutores como Eleakim Araujo, por sua voz grave. E Sérgio Chapelin, pela dicção. Eu tentava reproduzir esses dois predicados. Até hoje, tento modular a voz, sempre que faço TV e rádio, onde atuei por muitos anos, e o rádio não sai de você. Ainda gravo muita locução, que mantém o espírito do rádio.

Qual sua rotina para apresentar o SBT Brasil?

Chego às 3 da tarde para participar da confecção da pauta, para ir ao ar com absoluta segurança. Será totalmente ao vivo. Mas gosto de participar da pauta na forma de sugestões, não para o fechamento das matérias. Para isso, teremos editores-chefes. De manhã, pretendo cuidar da saúde, com caminhadas, eventualmente um alongamento.

A pergunta é um clichê, mas inevitável: planos para o futuro?

Sou sempre movido a desafios. Comecei minha carreira como repórter esportivo e em seguida sempre fui convidado a fazer coisas que eu não esperava, como telejornais, programas femininos, jornalismo com entretenimento, enfim. Eu jamais esperava ser convidado para um telejornal à noite. Aconteceu. E agora pretendo investir mais na plataforma digital, onde inicialmente vou apresentar um programa de esporte, o “Show de Bola”. Já tenho 14 edições gravadas.

Bodas de Prata, 25 anos de casamento em 2025. Preparativos?

Quando fizemos 20 anos, em plena pandemia de Covid-19, celebramos um novo casamento aqui no jardim de casa. Elaine desceu pela escadaria, em grande estilo. Só eu, ela e os filhos. E colocamos online. Casa cheia na festa dos 25 será inviável, pois muita gente querida vai ficar de fora. Sugeri fazermos um evento só para os padrinhos, uma recepção pequena,  ainda não temos certeza, mas que vamos celebrar, sem dúvida.

Vocês são viajantes habituais. Tem uma agenda para os próximos meses?

Temos o desejo. Queríamos conhecer a Costa Malfitana, fomos recentemente. Ela queria ir à Tailândia. Na última viagem, dia 26 de dezembro, para o Réveillon em Londres, só tínhamos a passagem de ida. Estávamos indecisos quanto à sequência da viagem. Mulher acaba convencendo a gente. Dia 2 compramos passagem para a Tailândia no dia 4, um toque de aventura. Depois, eu queria ir para Singapura, um espetáculo em termos de organização e leis. Nas ruas, é proibido fumar, mascar chiclete, atravessar fora da faixa. Ser pego com 20 gramas de entorpecente dá pena de morte. A cidade de Singapura é a mais limpa do mundo e tem o aeroporto mais lindo do mundo. Bem, quanto às viagens futuras, antes eu e Elaine decidíamos. Hoje, temos que consultar os universitários… Procuramos um comum acordo. Meu filho vai casar, mas garante que fará pelo menos uma viagem por ano conosco.

Aos 63 anos, sua aparência e forma física merecem uma manchete de telejornal: apresentador descobriu o segredo da longevidade… É fato ou fake?

Em 1994, um médico me receitou vitamina C em pó que, segundo ele, previne o câncer e retarda o envelhecimento, com o aval do cientista americano Linus Pauling, duas vezes Prêmio Nobel. Não sou médico, mas acreditei e segui. Também tomo vitamina B12 para não ter demência, e colágeno, para a saúde da pele. Por enquanto… (Elaine dá um pitaco da resposta do marido, ela que também aparenta muito menos que sua idade cartorial: “A genética me ajuda muito, não sou bitolada em tratamentos estéticos”)

Voltando ao “SBT Brasil”, o jornal tem algum slogan?

Conectado com você, sintonizado com o mundo. •

FOTO: Daniel Cancini

Prepare as malas na internet: ME LEVA, ELAINE

Enquanto Cesar Filho curte a estreia de “SBT Brasil”, sua amada Elaine Mickely se entrega ao lançamento de seu programa de turismo: Me Leva, Elaine. Por enquanto num canal de YouTube, mas em negociações para ser reproduzido em outras mídias digitais, Me Leva vai ao ar pela primeira vez com a viagem recente do casal para o Réveillon em Londres. Elaine sempre foi uma viajante profissional. Seus roteiros turísticos são planejados e anotados em detalhes, a fim de que os viajantes encontrem seus melhores caminhos. E é esse conjunto de dicas que irá ao ar no programa, cada destino, uma série de quatro edições semanais. Portanto, um roteiro mensal para cada viagem. Depois de Londres, Tailândia, um país tão rico em atrações que vai se estender por oito episódios, um deles destacando as célebres mulheres-girafa da região. Outro, a exótica gastronomia tailandesa, e as simpáticas, mas intragáveis larvas de bambu. Prepare suas malas digitais para partir com Elaine Mickely (e Cesar Filho, inseparável companheiro de viagem) em abril, no YouTube do casal.

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POR Celso Arnaldo Araujo
FOTOS Daniel Cancini
COORDENAÇÃO Sidney Osiro

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