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Joalheiro Mario Pantalena cria joias com a ajuda da inteligência artificial

FOTO: Divulgação/Paula Zorzi

Criar peças com a ajuda da Inteligência Artificial sem perder sua assinatura e seu legado. Esse foi o desafio do joalheiro paulistano Mario Pantalena, considerado um dos melhores profissionais de sua geração, teve de encarar: desenvolver peças através da I.A de forma única e exclusiva.

“As pessoas estavam muito preocupadas com a I.A, então passei a pesquisar dentro da minha área de design sobre o assunto e descobri que já havia um movimento no mercado de joias dentro do sistema, e passei a investir neste mercado.”

Pantalena conta que ele abasteceu a plataforma de I.A com prompts, termos utilizados para pesquisas na web, e o algoritmo usou essas informações para criar as joias.

“Fazemos um banco de imagens por meio de softwares como o Stablle Diffusion através de inúmeras combinações de prompts e designs meus. Após os matches que aprovo serem concluídos, eu os aperfeiçoo e os digitalizo para obter as coordenadas e partir para a impressão do 3D”, resume

FOTO: Divulgação/Rodrigo Zorzi

Em um “universo” em que todos podem copiar suas ideias, o joalheiro revela que é possível manter seu direito autoral sobre as peças, como a criação de escopos com algoritmos exclusivos da marca, e a alimentação constante dos bancos I.A. “A grande sacada é a seguinte: eu abasteço o banco de imagens com meus projetos básicos e conforme a pessoa for pesquisando, ela vai achando minhas peças bases e através delas chegará num ponto em que a I.A terá de produzir algo. É aí que o algoritmo dará a essa pessoa o meu escopo exclusivo, ou seja, uma imagem híbrida das minhas peças”, resume.

Segundo Pantalena, a ideia é ter algoritmos suficientes para poder usar isso em criações exclusivas. “Com meu banco de prompts consigo criar mais 400 ideias de peças, através das fusões que a própria I.A faz. Se antes eu passava horas desenhando uma peça, hoje faço mais opções de forma mais rápida e exclusiva,” conta. “O humano sempre será superior a I.A, um detalhe, uma lembrança, um gesto, ainda é muito poderoso. E sempre será.”, conclui ele.

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POR Mariana Gallo
FOTOS Divulgação/Paula Zorzi (Mário Pantalena) e Divulgação/Rodrigo Zorzi (joias)

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