Go Where – Lifestyle e Gastronomia

Renata Vichi, CEO da Kopenhagen e da Brasil Cacau, comemora as 1.000 lojas do Grupo CRM

FOTO: Divulgação/Lu Prezia

CEO à frente do Grupo CRM, detentor das marcas Kopenhagen, Brasil Cacau e Kop Koffee, Renata Vichi atua na companhia há 25 anos, e segue inovando não apenas nos players disponíveis, mas em relações humanas e promovendo expansão cada vez maior. O Grupo CRM, um dos maiores franqueadores do País, chega em 2023 ao número de 1.000 lojas, incluindo as três marcas. A de número mil, inclusive, acabou de abrir no bairro de Pinheiros, em São Paulo, com pompas de flagship e inúmeras novidades. Especial para a Go Where Business, a empresária destaca sua postura inovadora: “A inovação tem tudo a ver com adiantarmos os movimentos de consumo”.

Como manter a postura inovadora em uma marca centenária como a Kopenhagen?

Existem mil maneiras de responder a essa questão, mas a mais precisa seria: entendendo com profundidade o comportamento do nosso consumidor, não para simplesmente atendê-lo, mas para surpreendê-lo. A inovação tem tudo a ver com adiantarmos os movimentos de consumo e, a partir daí, compreendermos como tangibilizar em experiência e produtos. Aqui na Kopenhagen temos esse drive como prática e não como projeto esporádico. Somos uma marca que inspira tradições, que evoca lembranças a partir do sensorial dos produtos, mas vamos além, nos mantemos sempre jovens e conectados com nossos clientes.

O grupo CRM investe e posiciona a marca no mercado de presentes, dominado por itens de moda e beleza. Fale sobre collabs com Arezzo e ações na SPFW, vem mais?

Sempre tem mais! Somos muito mais do que uma chocolateria especializada, em essência somos uma marca de presentes, que também tem uma gama imensa de produtos de autoconsumo. O nosso objetivo é estar presente na vida dos nossos consumidores em todos os momentos, sendo o fator extraordinário em cada um deles. E não há melhor forma de expressar o que a gente é e sente do que por meio da moda, não é mesmo?! Para os próximos meses estamos estudando outros movimentos de collab, mas com a submarca Nhá Benta, que é uma das mais icônicas que temos dentre os nossos clássicos.

FOTO: Divulgação/Lu Prezia

Marca segue sendo objeto de desejo?

Esse é nosso principal asset. A Kopenhagen é uma marca aspiracional e que está presente no imaginário das pessoas, transitando entre todos os públicos. A pessoa pode não ser uma consumidora assídua de Kopenhagen, mas em algum momento ou recebeu ou deu Kopenhagen em forma de presente, e é esse lúdico que envolve a marca que a mantém como ícone durante mais de nove décadas. E trabalhamos para que ela seja cada dia mais objeto de desejo, queremos estar presentes no dia a dia das pessoas.

Brasil Cacau e Kop Koffee, como estão esses números?

Vamos terminar o ano com quase 500 lojas Brasil Cacau, serão 60 novas lojas e nosso principal foco de crescimento para os próximos anos, inclusive, está em Brasil Cacau, que tem se mostrado uma marca resiliente a qualquer cenário econômico, e que segue crescendo em todas as regiões do país. Kop Koffee tem três lojas e, a princípio, não há nenhum plano de expansão específico para a marca, nossos focos de aceleração estão em Kopenhagen e Brasil Cacau.

Fale da nova flagship store, a de número 1.000 do grupo, em Pinheiros.

A nossa nova Flagship Kopenhagen fica no coração de Pinheiros. Um bairro que respira arte, onde a juventude pulsa em todas as esquinas. A nossa loja foi criada na mesma vibe, com uma parede artística, uma formatação de jornada de consumo superdiferenciada e, para completar, temos a cafeteria Kop Koffee com um cardápio exclusivo de bebidas, salgados e sobremesas.

“A expansão é parte do nosso plano de crescimento: com 220 novas lojas em 2023, sendo 160 de Kopenhagen” – estes números estão mantidos? E para 2024?

Siiim… mantidos! Para 2024 ainda não temos os números definidos.

FOTO: Divulgação/Lu Prezia

Faturamento do grupo em 2022 e expectativa para 2023?

Não abrimos números de faturamento, no entanto, posso abrir que crescemos 20% de janeiro a maio em relação a 2022.

Como estão as vendas digitais, investimentos e crescimento?

Somos o único Grupo franqueador do país que atua 100% omnichannel, ou seja, tudo o que o cliente compra no site das marcas, quem faz a venda, na realidade, é o franqueado mais próximo do endereço do destino. Essa estratégia, além de privilegiar o franqueado, favorece também o consumidor, que recebe o produto muito mais rápido. Em alguns locais, em menos de três horas o produto já está chegando para o cliente. Nossa presença digital está cada dia mais forte e, o App de Kopenhagen, desde o lançamento que aconteceu no ano passado, segue sendo um dos aplicativos mais baixados do segmento na Apple Store. Nossa expectativa é crescer na casa dos dois dígitos em 2023 no campo digital.

Como provoca o sistema e quebra o status quo?

Isso acontece quando a gente olha para outros mercados para criar movimentos de marca inovadores e que realmente provocam uma reação no consumidor, como foi o caso da nossa collab com Arezzo. Em menos de um mês foram quase 15 mil peças vendidas! Um feito histórico tanto para Kopenhagen quanto para Arezzo.

Democratizar o chocolate de qualidade no Brasil é possível?

Tanto é possível que Brasil Cacau faz isso com maestria há 14 anos. Quando eu empreendi a marca era esse o meu principal objetivo, oferecer a todo brasileiro a oportunidade de degustar um chocolate de extrema qualidade, associado a sabores e texturas únicas. O propósito da marca virou também a nossa assinatura: Brasil Cacau é de todo brasileiro.

Como cumpre seu papel de liderança e gestão de pessoas?

Eu sou apaixonada por gente! Quem atua no varejo, ainda mais com marcas indulgentes como Kopenhagen e Brasil Cacau, tem que ser apaixonado por gente de uma maneira genuína. Quando a gente deixa essa paixão aflorar, é possível começar a compreender o ser humano de uma maneira muito particular e isso é fundamental para a gestão de pessoas. Eu acredito realmente que a melhor forma de liderar é inspirando as pessoas, é provocando a excelência por meio do exemplo. O líder precisa ser farol de transformação e esse é o meu exercício diário. Eu quero inspirar as pessoas a cuidarem mais da saúde, a manterem uma rotina saudável, a saberem priorizar as atividades necessárias no dia a dia, quero que elas leiam mais, que se atualizem, que busquem a excelência em toda a jornada pessoal e corporativa e, para isso, eu tento cultivar esses hábitos na minha vida. Tem uma frase que eu amo do escritor americano John Naisbitt: “Os avanços mais emocionantes do século 21 não ocorrerão por causa da tecnologia, mas por conta de um conceito em expansão do que significa ser humano.” Essa frase reflete muito do que eu acredito e como líder eu busco cada dia mais fomentar a nossa cultura entre os nossos colaboradores, e é incrível ver que, aqui no Grupo CRM, todos nós somos superconectados pelo nosso chocolate nas veias.

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POR Aroldo de Oliveira
FOTOS: Divulgação/Lu Prezia

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