Go Where – Lifestyle e Gastronomia

Eles chegaram lá!

Em comum, esses executivos de sucesso têm a capacidade de liderar – e uma carreira marcada pela determinação. Mais do que isso, souberam a hora certa de assumir novos riscos, enfrentar desafios e se reinventar para entregar resultados notáveis

Lostado & Calomino Advogados

Julio Okubo

Tradição de meio século

As pérolas são as responsáveis pela evolução do nome Julio Okubo nos últimos 50 anos. Mas a história começou bem antes, em 1926, quando a família Okubo emigrou do Japão para São Paulo e Rosa Okubo, mãe de Júlio, vendeu seu único anel e comprou algumas dezenas de pequenas pérolas, que durante três anos foram sendo comercializadas. Mas o negócio não estava sustentando a família. Foi aí que Julio começou a trabalhar na ourivesaria: ele passava o dia como aprendiz de joalheiros e de madrugada fazia a entrega das peças. Depois de dois anos, resolveu ir trabalhar com a mãe, já que ela queria fabricar as próprias joias no Brasil. Assim, ele foi a primeira pessoa a furar uma pérola em território brasileiro, deu alma às criações e logo suas peças começaram a aparecer na alta sociedade. Em 1965, tomou a iniciativa de trilhar seu próprio caminho. Nascia a Julio Okubo Joias.

 

Novos ares
Julinho, fi lho de Julio, entrou para o negócio em 1978, logo que se formou em Administração. Trouxe inovação para a empresa e a coragem de investir num segmento até então novo para o ramo de joalherias: os shoppings centers. “Abrimos a primeira loja em 1980 num shopping de Campinas. Só depois de um ano e meio vim pra São Paulo. Aí consegui entrar no Shopping Ibirapuera. O shopping foi e ainda é uma opção mais viável, principalmente por questões de segurança”, conta ele, que tem suas cinco lojas dentro de shoppings e em breve vai inaugurar a sexta, no shopping Iguatemi Campinas. Sobre o mercado da alta joalheria, muita coisa mudou desde que seu pai fundou a empresa, há quase 50 anos. “Está mais concorrido em razão da entrada das marcas internacionais”. Para se adequar a essas mudanças, Julinho tem investido na modernização da marca e das lojas.  “O mercado está mais competitivo e não podemos ficar parados. Queremos estar com um ar sempre atualizado. Fizemos trabalhos de pesquisa e consultoria para renovar as ideias. Isso tudo mantendo o nosso DNA, que é o trabalho perfeito, bem acabado, com atendimento diferenciado.”

 

Eu mesmo sempre gostei muito do meu ofício, acho que o nosso sucesso se deve à isso,
ao amor à profissão, ao carinho e a dedicação ao trabalho

 

Terceira geração
Recentemente, o filho de Julinho, bisneto de Julio, entrou para o negócio. Maurício Okubo tem a missão de dar continuidade à empresa. “Nunca quis forçar meus filhos, pois acho que eles têm que vir por vontade própria. Acredito que a pessoa tem que ter energia positiva para a coisa acontecer.”
www.juliookubo.com.br

 

Fellipe Krein

A fórmula do bom e barato

As bolsas, um dos acessórios mais desejados pelas mulheres, ganharam status de poderosas da vez, mas acessíveis, quando uma marca chamada Fellipe Krein entrou com força no mercado nacional. Há oito anos, a
grife fundada por Ineide Krein mantém seu QG na Mooca, zona leste de São Paulo. A marca, cujos produtos são desenvolvidos aqui e fabricados na China, está presente em 3.500 pontos de venda em todo o Brasil,
tem uma loja própria, produz cerca de 350 mil bolsas por ano e faturou R$ 49 milhões em 2013. O objetivo este ano é crescer de 8 a 10%. Sonhar alto não é novidade para esta gaúcha de 61 anos, radicada em São
Paulo há três décadas. “Meu lema é trabalhar e trabalhar muito. Não cheguei a esses números por acaso. Tenho um produto que segue as tendências da moda, é de alta qualidade e tem preço acessível. As bolsas são muito bem feitas e são baratas, mas com aspecto de caras. Acho que esse foi o segredo para ter conseguido um público que não tem dinheiro para comprar um produto de couro legítimo. Minhas clientes são mulheres jovens, entre 28 e 40 anos, independentes e sofisticadas. Hoje, a bolsa é um acessório. Se ela é mais em conta, dá para ter várias.”
Experiente no ramo, Ineide já trabalhava na fabricação de bolsas e cintos desde 1995. Em 2000, passou a produzir para grandes magazines como a C&A. Logo percebeu que poderia ter mais sucesso criando sua própria marca. Escolheu o nome do fi lho caçula para batizar a grife e definiu como símbolo o desenho de uma salamandra. “É uma figura que passa feminilidade e personalidade forte.”

Influência internacional

Para se manter atualizada com o que acontece no mundo da moda e trazer esses conceitos para o DNA da marca, Ineide viaja com frequência para o exterior e está atenta aos sites do segmento. “Olhar o mercado é
muito importante, inclusive para antecipar tendências. Por exemplo, já estou criando a coleção de inverno do ano que vem”, diz ela, reforçando a importância de se renovar e se reiventar sempre, já que também faz o papel de diretora de criação. Grandes, coloridas e repletas de detalhes dourados, as bolsas mais baratas da Fellipe Krein custam cerca de R$ 220. Os preços competitivos em relação às importadas – como as da grife americana Michael Kors, que custam, em média, R$ 880 – atraíram o público da classe C e estão entre os fatores que fizeram o negócio expandir. “Meu maior sonho agora é ter mais lojas próprias. Estou me preparando
para lançar franquias e expandir a marca nacionalmente. Já somos muito fortes no Sul e Sudeste, estou começando a desbravar o Nordeste, que é um mercado excepcional.”
www.fellipekrein.com.br

 

Pullmantur

O gigante dos cruzeiros all inclusive

Diretor geral da Pullmantur no Brasil, Alexandre Zachello é um líder que segue à risca a cartilha de como comandar uma equipe em tempos modernos. “O bom líder precisa ser justo, dinâmico, delegar responsabilidades e cobrar resultados. Também precisa ser generoso e assumir riscos – líder que não assume riscos não lidera. Precisa ter discernimento para administrar a empresa com abundância ou com escassez de recursos. Hoje, as pessoas têm que fazer mais do que exige sua função. Isso é comum por aqui”, diz ele, que reforça a importância de estar presente no dia a dia de todos. O grupo turístico Pullmantur existe há mais de 40 anos e centra
sua atividade no setor de cruzeiros. Desde 2006, pertence ao grupo americano Royal Caribbean Cruises. Com uma frota de cinco navios com capacidade diária para mais de 12.000 passageiros, é a empresa líder no mercado ibérico de cruzeiros. É a única companhia que tem o sistema all inclusive a bordo, ou seja, o turista não paga nada dentro do navio, mesmo bebidas alcoólicas.
Um mercado relevante
O Brasil é um mercado importante para a Pullmantur, mesmo com certa diminuição da oferta na temporada passada. “Antes, tínhamos 21 navios e agora nós temos 10. Na temporada passada a oferta diminuiu significativamente, isso por conta das dificuldades que temos de infraestrutura de portos, custos elevados de folha de pagamento, impostos, etc. Isso fez com que focássemos no mercado caribenho. Só para se ter uma ideia, a estrutura de custo no Caribe é um terço da nossa”, diz Alexandre. Ainda assim, o mercado brasileiro representa 40% do faturamento da companhia, em termos de volume de passageiros. “Crescemos 15% em relação ao ano passado e a expectativa é crescer mais uns 10% este ano. O que colaborou para isso foram os minicruzeiros.”. Aos 42 anos, Alexandre veio da área de finanças. Trabalhou em empresas como Natura, Carvajal e Price Waterhouse Coopers. Ter migrado para a área do turismo foi um grande desafio. “A mudança foi uma experiência diferente porque me tirou da zona de conforto. Sempre fui adepto dos números, até que conheci o turismo. ”
www.pullmantur.com.br

 

Lostado & Calomino Advogados

Entre fronteiras

Ao exportar e importar mercadorias, as empresas têm encontrado muitos entraves por parte do governo, um conjunto de medidas tendentes a combater as fraudes e, igualmente, defender a indústria nacional. Com isso, a conferência aduaneira tem sido cada vez mais rigorosa. Entretanto, a fiscalização tem aplicado a lei de forma extensiva, apreendendo as mercadorias e lavrando autos de infração, sem motivação ou amparo legal. Para atender a essa demanda e mantendo seu principal escritório locado ao lado do maior Porto da América Latina (Santos), nasceu a Lostado & Calomino Advogados, cujos sócios, Sidnei Lostado e Deborah Calomino, detêm larga experiência em Direito Marítimo e Aduaneiro, travando disputas nos casos mais atuais e relevantes, com o alcance de soluções para os problemas jurídicos-empresariais de seus clientes.

Desde então, a lacuna existente no mercado foi suprida e hoje o escritório atende os maiores importadores e exportadores do país, assessorando Transportadores e Freight Forwarders. “De início, o escritório seria apenas em Santos, mas devido ao reconhecimento na área e a especialização quanto ao ramo do Comércio Exterior, expandimos os negócios para São Paulo, com estruturação para outras capitais”, lembra o Dr. Sidnei. Com um nome sólido no mercado e uma equipe de advogados e consultores técnicos, a Lostado & Calomino Advogados presta assistência jurídica a toda cadeia de participantes do segmento, como armadores, fretadores, transportadores, clubes P&I, agentes marítimos, agentes de carga, terminais e operadores portuários. “A intervenção de um escritório de advocacia com vasta experiência nas questões de transporte marítimo e aduaneiro é fundamental, tendo o objetivo não só de garantir a segurança jurídica das empresas, mas, igualmente, de aliar novos negócios aos clientes e mantê-los sempre com uma visão dinâmica do mercado em que atuam”, ressalta a Dra. Deborah.
www.lostadocalomino.com.br

 

Farfetch

Luxo na web

Imagine um site onde é possível comprar itens das maiores grifes internacionais, de coleções atuais, e ainda pagar parcelado! Ele existe, se chama Farfetch e é sucesso absoluto desde 2008, quando foi fundado por José Neves, empreendedor português baseado em Londres. De lá pra cá, o e-commerce vem crescendo de forma espetacular. Só para se ter uma ideia, a empresa deve vender US$ 340 milhões este ano, quase o dobro de 2013. Antes da Farfetch, o empresário já acumulava vasta experiência no segmento de moda. Em 1996, lançou a marca de sapatos Swear, em Londres, e em 2001 abriu a renomada B Store, que cinco anos depois recebeu
o prêmio British Fashion Award. O pulo do gato aconteceu quando ele agregou ao portfólio da grife uma gama de licenças de footwear, incluindo Opening Cerimony, Ksubi e Surfaceto Air. Juntas, elas formam o coletivo por trás da SIX London (www.sixlondon.com) que vende para 600 top varejistas do mundo inteiro.

Com faro aguçado para bons negócios, José percebeu rapidamente que havia espaço para se arriscar numa nova empreitada. “O e-commerce traz muitas facilidades para o consumidor, que inclui a comodidade de comprar em casa, a poucos cliques, uma gama de produtos de diversos setores, de moda à tecnologia, facilidades no pagamento, como parcelamentos e garantia de devolução do dinheiro, além de entregas com prazos curtos.”

Luxo, sempre um bom negócio

E ele acertou na mosca! Como costumam dizer os que lidam com o mercado de luxo, nesse segmento não há crise. Neves sempre orientou o negócio para atender os consumidores das marcas mais exclusivas do mundo e acompanhou de perto a escolha e a seleção de cada grife que entra para o site. Não são as lojas que escolhem vender pela Farfetch, mas o contrário. “Temos uma equipe de desenvolvimento de negócios que é responsável por encontrar as melhores boutiques nos territórios em que atuamos. A mais recente que se juntou à plataforma foi a boutique D´NA, da Árabia Saudita.

Sua proprietária é a princesa Deena Abdulaziz Al-Juhani e ela só trabalha com designers exclusivos.” O Brasil corresponde ao terceiro maior volume de vendas, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido. Para
ele, comprar pela internet tem se tornado uma realidade cada vez mais constante na rotina do brasileiro. “É um consumidor mais desconfiado, que tem apego pela experiência em loja, mas isso está mudando. No Brasil, a Farfetch parcela as compras em até 12 vezes, benefício que o cliente não encontra no exterior.”
www.farfetch.com.br

 

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