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Mercado de alimentos saudáveis deve crescer mais de 27% até 2025

Chocolates vitaminados e sem açúcar, leites vegetais, snacks sem gordura e ricos em fibras, guloseimas à base de ingredientes naturais… O mercado de alimentos saudáveis nunca teve tantas opções como hoje em dia. Tamanha variedade ajudou a turbinar esse setor, que está passando por uma ótima fase, conquistando um público que vai muito além da galera fitness e vegetariana. O Brasil ocupa a 7ª posição no mercado de alimentos e bebidas saudáveis no mundo e, de acordo com a Euromonitor Internacional, o setor cresceu 33% entre 2015 e 2020. A expectativa é de que cresça mais 27% até 2025! “A busca por bem-estar faz com que as pessoas repensem o que faz bem, e a alimentação é o primeiro hábito que buscam mudar”, comenta Allan Riffert, sócio-fundador da Chock, empresa fabricante de chocolates saudáveis com vitaminas essenciais para o organismo.

Outro fator que ajudou a impulsionar o mercado de alimentos saudáveis nos últimos dois anos é o interesse, cada vez maior, das pessoas consumirem produtos “amigos da saúde”, para aumentar a imunidade e garantir os nutrientes para o bom funcionamento do corpo. “Na medida do possível, o consumidor eliminou a dieta monocromática para dar mais cor ao cardápio, incluindo frutas, verduras, legumes e ingredientes funcionais, que trazem benefícios para a saúde”, explica Carol Cerqueira, sócia da MadeReal, empresa de produtos 100% plant-based, movimento que tem ganhado cada vez mais adeptos.

Dentre o grupo de produtos livres de ingredientes de origem animal – o famoso plant-based –, os leites vegetais estão ocupando cada vez mais espaço nos supermercados, disputando a atenção do público com os leites tradicionais. De acordo com uma pesquisa realizada pela Future Market Insights, o mercado de leite de castanha-de-caju atingirá, até o ano de 2032, US$ 382,7 milhões, sendo que neste ano ele foi avaliado em US$ 208,7 milhões. E, diferentemente do que se pode imaginar, esse tipo de leite não é consumido exclusivamente por veganos, mas, sim, por flexitarianos. Ou seja, pessoas que querem reduzir o consumo de produtos animais, seja pela saúde ou pela questão ambiental. “Quando começamos, o mercado plant-based no Brasil era muito embrionário e tivemos que viajar para conhecer o que os players do exterior estavam produzindo”, relembra Felipe Carvalho, sócio da A Tal da Castanha, marca que utiliza apenas ingredientes de origem natural e vegetal em seus produtos.

Um mar de opções

Se antes era difícil encontrar um doce ou um snack saudável, atualmente o que não faltam são produtos nas prateleiras de lojas especializadas, supermercados – onde há corredores inteiros dedicados a essa categoria – e, até mesmo, chocolaterias famosas, como a Kopenhagen, que lançou a marca Soul Good, com produtos zero adição de açúcar e opções zero lactose e sem glúten. “Buscar mais saúde para o corpo começa pelo combustível, que é o alimento. E ele não precisa ser insosso ou chato para cumprir com as especificações de saudabilidade. Esse mercado gigante, que tem crescido e que ainda tem muito a crescer, é a prova de que é possível, sim, ter uma alimentação de qualidade sem abrir mão de sabor”, comenta Renata Vichi, CEO da Kopenhagen.

“Se saudabilidade é ter funcionalidade e equilíbrio, hoje também é sobre ter experiências gostosas e que surpreendem o paladar. Dá para ser mais saudável de forma acessível, seja pela informação, pela variedade de marcas e sabores e, até mesmo, pelo preço”, diz a nutricionista Alexandra Casoni, CEO da Flormel, empresa que atua há 35 anos na área.

 MadeReal: desde 2018, a MadeReal oferece granolas, bombs (shots concentrados) e crackers plant-based, ou seja, sem o uso de ingredientes de origem animal. O grande destaque da marca é a sua granola vegana de caramelo salgado, com pistache, noz-pecã, cranberry, lascas de coco e semente de abóbora.

FOTO: Daniel Cancini

A Tal da Castanha: especializada em produtos feitos apenas com ingredientes de origem natural e vegetal. Seu portfólio inclui bebidas vegetais à base de amêndoas, aveia e castanhas, além de pastas e snacks. Dois grandes destaques são o creme de leite vegetal Cremeria e a bebida vegetal Barista, perfeita para fazer a crema sobre o cappuccino.

FOTO: Daniel Cancini

Chock: fundada em 2017, a marca é especializada em chocolates funcionais, feitos apenas com ingredientes naturais e enriquecidos com vitaminas. O Chock Imune, por exemplo, possui vitaminas C e D, e zinco. Já o Chock Hair combina ácido pantotênico, biotina, vitamina B6, vitamina B12 e vitaminas C e E. Há ainda opções com whey protein e vegano.

FOTO: Daniel Cancini

Soul Good, da Kopenhagen: lançada em 2019, a linha Soul Good é composta por produtos livres de açúcar, sem glúten, sem lactose e sem adição de adoçantes artificiais. Atualmente, há 16 produtos no portfólio, entre eles chocolates, bombons e spreads (espécie de pastas bem cremosas). O grande destaque, no entanto, é a famosa Língua de Gato da marca, que ganhou uma versão saudável exclusivamente para a Soul Good.

FOTO: Daniel Cancini

Flormel: atuando há 35 anos no mercado, a marca tem a proposta de oferecer uma alimentação mais prazerosa e consciente. Sua linha é composta por chocolates, sobremesas e snacks. Entre seus produtos estão as Bolinhas de Brigadeiro (com cacau e zero açúcar), Doce de Leite Cremoso (zero açúcar) e Tablete de Paçoca (sem açúcar, sem glúten).

FOTO: Daniel Cancini

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POR Cibele Carbone
FOTOS: Daniel Cancini

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