Go Where – Lifestyle e Gastronomia

Cases de sucesso

Percebendo uma brecha nas suas áreas de atuação dentro do mercado brasileiro, cinco marcas aproveitaram para investir e se tornaram referência em competitivos segmentos.

Por: Malu Bonetto

iFood: delivery em um click

Com o propósito de tornar a alimentação mais prática e agradável, conectando pessoas à comida, o iFood foi criado em 2011, por cinco amigos que tinham acabado de sair da faculdade. “O delivery on-line vem para ajudar o consumidor, é uma questão de conveniência e praticidade”, diz Alex Anton, diretor de Estratégia e Mergers and Acquisitions da empresa.

O serviço é usado principalmente por mulheres das classes A, B e C, e 90% dos pedidos são via móbile, apenas 10% via desktop. “Com o iFood, o usuário tem o poder de escolha e comparação, informação em tempo real sobre os preços, promoções, consegue acompanhar todo o processo e tem facilidade de pagamento. O aplicativo também oferece uma espécie de curadoria na aba ‘descobrir’, onde é possível ver listas de restaurantes, separados por temas, permitindo a descoberta de novos sabores, comidas e restaurantes”, diz o diretor, revelando que a plataforma conta com cerca de 20 mil restaurantes cadastrados.

Sucesso absoluto, eles já registraram 50 mil usuários simultâneos, 300 buscas por segundo e 50 pedidos por segundo em horário de pico. “Somos o único player a prestar consultoria para o restaurante, de forma gratuita, de acordo com a análise dos nossos dados. Temos hoje na plataforma 4,5 milhões de usuários ativos, o que nos permite definir com precisão o comportamento e tendências de compra do usuário.”

No último balanço da empresa, divulgado em julho de 2017, eles contabilizaram 4 milhões de entregas por mês e um crescimento médio de 120% nos últimos dois anos. As perspectivas para 2018? As melhores possíveis! “O mercado de delivery on-line continua em crescimento. Conseguimos ver uma mudança no cenário da alimentação no Brasil, em que as pessoas estão pedindo mais comida em casa.”

Números do iFood:
R$ 171 milhões – Faturamento de 2016
4 milhões – De entregas por mês
120% – Crescimento nos últimos anos


Usaflex: conforto aos seus pés

A Usaflex, empresa de comfort shoes fundada em 1998 por Juersi Lauck, é fruto de uma necessidade que o empresário encontrou no mercado – a de unir conforto e beleza no calçado. Com fabricação inicial de cinco mil pares por dia, a Usaflex produz hoje 25 mil pares/dia, além de bolsas e calçados masculinos – que estrearam este ano. O motivo do sucesso, segundo Sérgio Bocayuva, CEO da Usafflex, é um só: “Sempre focamos em garantir o conforto em todos os nossos produtos, além de usarmos, além do couro como matéria-prima, tecidos e materiais tecnológicos no revestimento interno dos sapatos.”

Com mais de 100 lojas – todas franqueadas, 3.200 funcionários, 580 atendimentos/mês por loja, considerando apenas franquias – e faturamento previsto para R$ 335 milhões este ano, a empresa tem perspectiva de abrir mais 70 lojas em 2018 e aumentar o faturamento para R$ 400 milhões. Tamanha expansão será possível graças à venda, feita este ano, de 69% do controle de sua operação para a WSC Participações S.A., empresa controlada pela Private Equity Axxon Group em parceria com o co-investidor Sergio Bocayuva. Com a nova gestão, a Usafflex passa a ter Sergio Bocayuva como CEO,  além de dois novos diretores – Marcelo Cavalheiro e Mafaldo Jr. –, ex-sócios do Axxon Group no Mundo Verde.

Números da Usaflex:
R$ 335 milhões – Faturamento previsto para 2017
R$ 400 milhões – Perspectiva de faturamento para 2018
R$ 250 mil – Investimento inicial mínimo para abrir uma franquia


Sodiê: doce perdição

A empresária Cleusa Maria da Silva, fundadora da Sodiê Doces, já trabalhou como boia-fria, cortadora de cana, empregada doméstica e na linha de produção de uma fábrica de alto-falantes. Foi justamente nesse último emprego que ela se deparou com o que iria mudar sua vida. A esposa do dono da empresa fazia bolos para vender e, quando teve um problema de saúde, pediu para a funcionária ajudá-la. Pronto, ela encontrava aí sua verdadeira vocação. Em novembro de 1997, Cleusa abriu a primeira Sodiê Doces em um imóvel de 20 m² em Salto, interior de São Paulo. Quatro anos depois, mudou para um espaço de 80 m2. Hoje, são 297 lojas (contando as próprias e as franqueadas) espalhadas por 13 estados brasileiros e uma média de 950 mil clientes por mês, em busca de um dos 90 sabores de bolos, docinhos, tortas, café, sucos, salgados da marca Sodiê e a linha Zero Açúcar.

Números da Sodiê:
R$ 250 milhões – Faturamento estimado para 2017
950 mil – Clientes atendidos por mês na rede
R$ 450 mil – Investimento total para abrir uma franquia


Daiso Japan: paraíso das bugigangas

Fundada em 1972 por Hirotake Yano – um dos primeiros lojistas do Japão a adotar o modelo de preço único – a Daiso Japan é considerada hoje o “país das maravilhas das compras”. Aqui no Brasil, é possível encontrar em suas lojas itens para o dia a dia com preços que vão de R$ 7,99 a R$ 49,90. “O brasileiro é muito receptivo à cultura japonesa e vimos aqui uma oportunidade de mercado, de criar algo novo, um comércio de utilidades para casa, cozinha, escola e outros setores a preços democráticos, onde o consumidor de todas as classes pode comprar”, diz Reginaldo Gonçalves Paulista, gerente geral da Daiso Japan para o Brasil. Presente em 25 países e com mais de 5 mil lojas espalhadas pelo mundo, a Daiso chegou ao Brasil em 2012 e já soma 33 lojas e 400 funcionários. “Nossa primeira loja aqui no Brasil foi na Rua Direita, no centro de São Paulo. No começo, o público japonês era o principal frequentador – afinal, eles conheciam a loja de lá. Depois, iniciamos a parceria com a rede de supermercados Hirota e, por fim, com os shoppings.” Planos para 2018? “Ainda não podemos revelar, mas o que posso adiantar é que, nos próximos dois anos, vamos terminar nossa expansão pelo interior de São Paulo, e os estados do Rio de Janeiro e do Paraná estarão na nossa rota.”

Números da Daiso:
R$ 200 milhões – Faturamento estimado para 2017 no Brasil
5 mil – Lojas espalhadas pelo mundo
400 mil – Funcionários no Brasil

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